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Claudio Sampei

São Paulo / SP - Brasil
52 anos, Consultor

Bunkyo - Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa


Não me recordo de quando são minhas lembranças mais antigas sobre o Bunkyo. Para mim era o equivalente da Capital Paulista ao Bunka de São Bernardo do Campo, associação da qual eu participava. Minhas lembranças mais recentes do Bunkyo (não tão recentes assim) são de uma namorada que estudava japonês na Aliança Cultural Brasil-Japão e uma tia-avó que fazia parte do Esperança Fujinkai, na verdade, entidades que não são "Bunkyo", mas que estão no Edifício do Bunkyo.

A primeira vez que me lembro realmente de ter ido ao Bunkyo foi em 1993, para realizar a inscrição para a bolsa da província de Chiba: o secretário do Chiba Kenjinkai, Kiyoshi Takahashi, era funcionário da Secretaria do Bunkyo. Outras vezes foram novamente em 93 para falar com o Takahashi-san e finalmente para a prova da bolsa, que foi realizada em 2 dias no Saguão do Grande Auditório.

Em janeiro de 1994, ano em que eu iria como bolsista ao Japão, a presença no Bunkyo foi diária: 1 mês de Koshukai, o Seminário Preparatório para Bolsistas organizado anualmente pela ASEBEX, Associação Brasileira de Ex-Bolsistas no Japão, todas as noites na Sala de Exposições. Na mesma época descobri o Enkyo, a Beneficiência Nipo-Brasileira de São Paulo, no sub-solo do Edifício Bunkyo: fui fazer lá os exames médicos exigidos pelo Japão para os bolsistas.

Apesar de tudo isso, fui ao Japão com a mesma impressão de que o Bunkyo era somente a associação nikkei da capital. No retorno ao Brasil, em 95, comecei a visitar o Bunkyo frequentemente devido ao envolvimento com a ASEBEX, que ficava no 2o. subsolo do Edifíco e aí então comecei a realmente conhecer o que era o Bunkyo. Não era somente a associação nikkei da capital, mas a Sociedade BRASILEIRA de Cultura Japonesa. Durante os anos como diretor da ASEBEX, a presença no período da noite nos "porões" do Bunkyo era quase que diária.

Somente em 1999 fui me envolver realmente com o Bunkyo. Fui fazer parte da Comissão do Curso de Língua Japonesa, que administrava o Curso de Língua Japonesa do Bunkyo, curso que nasceu dentro da ASEBEX. A ASEBEX todos os anos organizava um curso de japonês preparatório os candidatos às bolsas no Japão. Deste curso surgiu uma idéia da ASEBEX juntamente com o Presidente do Bunkyo na época, Atsushi Yamauchi, de se criar um curso não só para os candidatos à bolsa, mas para todos os interessados em aprender a língua japonesa. Ali mesmo no "porão" da ASEBEX nasceu o curso que logo se transferiu para o 6o. andar do Bunkyo. No início, a maioria dos professores eram ex-bolsistas e a Comissão do Curso era também sempre encabeçada sempre por membros da ASEBEX. Todos os sábados pela manhã lá estava eu participando de reuniões e realizando atividades no 6o. andar. Mas não me animei muito: senti que por parte da Diretoria do Bunkyo nosso trabalho era pouco valorizado. Algumas pessoas que eu sempre encontrava por lá insistiam em me dizer "muito prazer" todas as vezes, como se não tivessem participado comigo da reunião da semana anterior. Em 2002 acabei saindo da Comissão.

Na sequência alguns acontecimentos me afastaram ainda mais do Bunkyo: a saída da ASEBEX do Edifício Bunkyo, devido a impossibilidade de pagamento das despesas de condomínio, e a chateação com entrega do Curso de Língua Japonesa para a Aliança Cultural Brasil-Japão sem nenhuma satisfação à ASEBEX, que tanto havia ajudado a criar o curso (eu já era o Presidente do Conselho Deliberativo da ASEBEX e até hoje não sei como foi este processo).

Voltei a ir ao Bunkyo quando se iniciaram as reuniões do Centenário da Imigração, mas novamente a impressão não foi boa. Ver uma idéia dos jovens desprezada foi bastante chato. Mas insisti, participando da Comissão de Comunicação do Centenário, mais especificamente da equipe que criaria o site das comemorações. Novamente, outro problema: o Bunkyo tinha um tal de Bunkyonet e queriam que o site do Centenário fosse feito por eles. A equipe que se reunia todas as semanas para fazer um super site do Centenário se dispersou.

Quando eu já tinha desistido de me envolver em atividades do Bunkyo (ou dentro do Bunkyo), por convite do Victor Kobayashi, Diretor de Comunicação do Bunkyo, fui fazer parte da Comissão de Comunicação. E como o Bunkyonet (aquele, que disseram que iria fazer o site do Centenário) não funcionou, precisavam de alguém para revitalizar o site do Bunkyo e realizar algumas atividade de comunicação. Acabei virando prestador de serviços do Bunkyo e hoje o Bunkyo faz parte do meu dia-a-dia profissional também.

Acabei conhecendo melhor o trabalho do Bunkyo, suas atividades, seus funcionários, suas comissões e principalmente sua história e sua importância para a Comunidade Nipo-Brasileira. Hoje tenho um carinho especial pela entidade e tento entender melhor suas atividades e as pessoas que fazem o Bunkyo a andar. Como diz o Secretário Administrativo do Bunkyo Eduardo Goo Nakashima, o Bunkyo tem um "movimento amebóide" (acho que era isso): a entidade se move dependendo dos voluntários que fazem parte das comissões.

Espero que neste ano do Centenário todos possam conhecer melhor a importância da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social e possam nos próximos anos auxiliá-la a manter seu papel de integração da comunidade.

Ah... lembram-se do site do Centenário? Acabei participando da versão final que está no ar: não ficou muito bom porque o projeto de um super site daquela equipe de mais de 2 anos atrás virou um projeto urgente de alguns dias. E do Bunkyonet? Estou voluntário para tentar fazer ele funcionar. Movimentos realmente "amebóides"....


Enviada em: 01/08/2008 | Última modificação: 01/08/2008
 
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Comentários

  1. Yassuda Renato @ 10 Jan, 2008 : 17:35
    Prezado Claudio Sampei; Li seu comentário no BLOG da Redação e creio que você deve ter acompanhado os filhos de minha prima Suzana ou de minha prima Maria Estela. Faz muito tempo que não as vejo, mas sei que os filhos dela foram até Fukuoka, terra natal de minha avó, Shiduno. A província de meu avô era Kagoshima, mas na verdade nossa família teve origem nas terras do Daymio Kenshin UESUGUI em 1530, onde fomos vassalos à seu serviço como samurais. À propósito, a paisagem que aparece de fundo em sua foto parece muito com Amsterdã (Holanda). Fiz um estágio na Holanda em 1997 e atualmente sou executivo de uma empresa de origem holandesa, por isso achei familiar a paisagem.Por favor, me informe se acertei. Um abraço e sucesso. Renato

  2. Amilton Izumizawa @ 27 Fev, 2008 : 17:04
    Claudio, Será que somos parentes "distantes" ? Pois minha avó paterna chamava-se NATSU SAMPEI, sei que meu pai tinha um primo no Centro de SP, e é claro, trabalhava com fotografia.

  3. Claudio Sampei @ 31 Mar, 2008 : 00:06
    Olá Amilton! Infelizmente não devemos ser parentes. Meu avô Itsumu Sampei chegou sozinho ao Brasil e o restante da família Sampei da linhagem dele se mantém toda no Japão.

  4. Rita de Cássia Arruda @ 8 Abr, 2008 : 00:30
    Parabéns, Claudio !!! Adorei ler seus relatos. Gostei especialmente de "Saci e Mula sem cabeça". Muito interessante a forma como as duas culturas se entrelaçaram em sua infância. Assim também, tiro o chapéu para gente como você, que se preocupa com o desenvolvimento sustentável de nosso planeta. Sucesso para o Projeto Mottainai é o que desejo. A propósito... Preciosa essa sua foto de quando era bebê. Legal !!! Você foi um "kodomo" muito fofo mesmo.

  5. Hiroshi Fujii @ 17 Ago, 2008 : 02:32
    Olá Claudio. Gostaria de saber se Yoshinobu Sampei é seu parente. Não o conheci, mas meu irmão Jorge o conheceu no Japão, precisamente em Osaka. Jorge diz que perdeu contato, mas gostariamos de retomá-lo porque o Sr. Yoshinobu era amigo de meu pai, Tsutomu Fujii, que trabalhou no Nippak Shimbun até o final de sua vida. Gratíssimo pela atenção. Aguardo sua reação Hiroshi

  6. hfujii.lapresse@itelefonica.com.br @ 17 Ago, 2008 : 02:36
    Oi Claudio. Faltou enviar meu endereço para uma eventual resposta. Abs. Hiroshi hfujii.lapresse@itelefonica.com.br

  7. Claudio Sampei @ 17 Ago, 2008 : 03:41
    Olá Hiroshi, infelizmente não temos nenhum Yoshinobu em nossa família. abraço

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