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Olga Futemma

São Paulo / SP - Brasil
73 anos, cineasta e diretora da Cinemateca Brasileira

Registro da vida em filmes


Um dia, na faculdade, me disseram o seguinte: tem um convênio da universidade com o departamento de filmes educativos do Instituto Nacional do Cinema. E um dos temas selecionados para um filme universitário foi o bairro da Liberdade (em São Paulo), e nós queremos propor que você faça a direção. Imagina, um presente dos deuses, todo mundo penando para achar produção, e para mim caiu no colo! Esse primeiro filme, “Sob as Pedras do Chão”, me proporcionou um reencontro com muitas coisas que já estavam acumuladas na minha vida.

Depois fiz um documentário sobre a comunidade okinawana, “Hia Sá Sá – Hay Yah!”, e, seguindo o caminho desvendado, um filme com a vida de mulheres japonesas, “Retratos de Hideko”, e outro sobre os exibidores ambulantes de cinema japonês no interior de São Paulo, “Chá Verde e Arroz”. São temas que possuem um potencial extraordinário, ainda não suficientemente explorado. Fiz também cinema de temática sindical, filmamos as primeiras greves pós-ditadura, lideradas pelo Lula. Essa permeação de culturas se deu pelo meu próprio trabalho, e isso foi muito forte, pois até então eram dois mundos separados, uma coisa que a geração atual nem deve imaginar.

Entrei registrada aqui na Cinemateca em 1984. Hoje coordeno o setor de documentação e pesquisa. Nós temos coleções de documentos, uma base de dados com todos os títulos da produção nacional de 1896 até 2007, 200 mil rolos de filme mantidos em baixa temperatura e umidade, laboratório de restauração e duas salas de exibição. Para o centenário, estamos programando mostras de filmes japoneses durante o ano inteiro. Há também um projeto de catálogo com todos os filmes japoneses exibidos em São Paulo.

Depoimento ao jornalista Leo Nishihata
Fotos: Carlos Villalba e arquivo pessoal de Olga Futemma


Enviada em: 19/05/2008 | Última modificação: 23/06/2008
 
« Costumes e gerações Rompendo as tradições de família »

 

Comentários

  1. Valdete Shizuko Tamashiro @ 20 Mai, 2008 : 17:11
    Olga Futemma. Esse nome e o filme "Hia Sá Sá – Hay Yah!" há tempos não me sai da cabeça. Como gostaria de assistir a esse filme! Será que está disponível / será exibido em algum lugar? Olga, seu depoimento foi belo! As histórias da família são bastante parecidas com as minhas e creio que de muitos okinawanos, imigrantes e descendentes. E a questão da arte, tão presente nos okinawanos. A festa, a celebração, a alegria que existe em cada casa uchinanchu! Parabéns pelo depoimento! E não descanso enquanto não assistir ao Hia Sá Sá – Hay Yah! Abraços enormes!

  2. Lucas Kenzo Dakuzaku @ 23 Mai, 2008 : 01:02
    Olá Olga! Fiquei contente em saber que exite uchinanchu no ramo da arte do cinema no Brasil. Tenho 17 anos e não conheço seus trabalhos, mas me interessei pelo "Hia Sá Sá - Hay Yah!". Seu depoimento sobre a época em que os ojis e obás se reuniam pra tocar shamisen e cantar, fez lembrar as histórias que meu pai conta de quando ele era garoto. E por acaso, eu toco shamisen e taiko hehehe.... Bom, é isso aí. Parabéns pelo seu trabalho. Saúde e sucesso... até+!

  3. Rita de Cássia Arruda @ 26 Mai, 2008 : 00:14
    Cara Olga: Lendo seus relatos, consegue-se entender bem o significado daquela expressão “alma de artista”. Em sua casa, ao que pude perceber, respirava-se cultura. Essa sua opção pela “sétima arte”, assim, parece um dado natural e decorrente do ambiente em que você foi educada. Adorei ler seus depoimentos. Seu pai deve ter sido uma figura e tanto. Também achei interessantíssimo o que você falou sobre o povo de Okinawa. Eu não fazia idéia dessa alegria esfuziante dos okinawanos. Foi uma grata surpresa tomar conhecimento desse fato. Você foi pioneira, iconoclasta, quebrou regras e apesar de ter rompido com as tradições familiares soube como cativar o afeto de seus entes queridos. Enfim... Virei sua fã. Obrigada por compartilhar conosco suas histórias. Um abraço carinhoso.

  4. Matilde M Y Tanabe @ 28 Mai, 2008 : 18:57
    Olá Olga:Sua história com maiores detalhes foi mostrada na TV Globo.Voce ocupa um espaço que muito me orgulha(diretora da cinemateca Brasileira),família de músicos,vida de muita garra e coragem, hoje podemos dizer "a imigração valeu a pena" abraços Ps.da galeria de fotos o prof de shamissen Seihin Yamauchi era tio do meu pai,ele foi tambem pianista, músico e divulgador da música clássica de Okinawa em vários países (in memoria)

  5. Regina Hara @ 29 Mai, 2008 : 12:42
    Amiga Olga! Seja através da sua história ou da imprensa, continuo tendo uma profunda admiração pelo seu dinamismo e espírito de luta que voce sempre teve. Sinto saudades das suas aulas de Liang Cong que voce fazia com muito carinho. Apesar de ter rompido as tradições, voce tem sempre presente a tal da "paciência oriental" Também escrevi a história da minha avó "a imigrante que viveu 106 anos" neste site. Mande notícias. beijos

  6. Massa Goto @ 10 Abr, 2011 : 17:36
    Olga, quando li a tua estória, do Mercado Municipal, da Rua Cantareira, deu uma saudade daquela época do CESP... Tem um pessoal do CESP fazendo um cadastro dos ex-cespeanos e gostaria de te incluir juntamente com a Rita Okamura, porém não tenho nenhum contato de vocês. O meu e-mail é: gotomassa@gmail.com

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