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  Conte sua históriaRenato Kenji Nakaya › Minha história

Renato Kenji Nakaya

São Paulo / SP - Brasil
79 anos, empresário

Do ikebana ao café


Meu pai, no Japão, era professor de artes plásticas. Ele ensinava arranjos de flores, os chamados ikebana, para as filhas das famílias reais japonesas. Minha mãe era formada em enfermagem e trabalhava em hospitais e clínicas. Eles se conheceram através do sistema de casamento japonês (o miai) e se casaram em 1932 (veja mais detalhes no vídeo ao lado).

No mesmo ano, pegaram o navio para o Brasil. Meu pai tinha uns 26 anos; minha mãe, 25. Com essa idade, as pessoas se sentiam motivadas a buscar desafios no novo mundo, a partir em busca de novas conquistas financeiras. Existe um grande senso de aventura.

Entrar no navio foi fácil. Mas a viagem, que deve ter levado em torno de 50 dias, foi terrível. Nem todos tinham saúde suficiente para resistir às mudanças. Minha mãe, com certeza, cuidou de muita gente no navio. Mas muitas pessoas faleceram. E, na época, não tinha como levar um corpo para o porto. Os corpos eram colocados em esquifes e lançados no mar.

Chegando a Santos, eles passaram pela Hospedaria do Imigrante e foram para Promissão, no interior de São Paulo. Havia parentes do meu pai lá que tinham recebido um quinhão de terra, e estavam produzindo café. Meu pai veio para aumentar a mão-de-obra. A fazenda se chamava Antinha.

Depoimento ao jornalista Xavier Bartaburu
Fotos: Carlos Villalba e arquivo pessoal de Renato Nakaya
Vídeos e áudios: Estilingue Filmes


Enviada em: 31/01/2008 | Última modificação: 01/02/2008
 
« Molho de soja com milho?

 

Comentários

  1. Renato Yassuda @ 1 Fev, 2008 : 10:40
    Prezado senhor Nakaya; Parabéns pelo relato. De certa forma já conhecia a sua história pois já temos contato com o senhores no fornecimento de soja para a fabricação de shoyu. Gostaria de ressaltar o cuidado e o profissionalismo de seus colaboradores para a aquisição de matéria prima de sua indústria. Peço que pergunte à meu respeito com seu gerente, Renato Akira Honma. Coincidência também o fato que todos nós temos o mesmo nome brasileiro(Renato).Gostaria que o senhor visitasse também meu relato para conhecer um pouco de minha história familiar. Ficarei muito agradecido e honrado.Atenciosamente; Renato Yassuda

  2. LUIZ S. ISHIBE @ 12 Mai, 2008 : 21:45
    FOI UMA SUPRESA SABER QUE MOLHOS CEREJA E SAKURA SÃO EMPRESAS DE IRMÃOS .(HIDEKAZU/SUEKICHI NAKAYA) . NA DECADA DE 60 ,COMPRAVA SE SHOYU A GRANEL ,NA FABRICA DE P.PRUDENTE NA VILA FURQUIM,O MANEJO ARTESANAL COM ENORME TACHO CURVO DE 4MT DE DIAMETRO ENTERRADO NO PISO. TEMPOS NOSTALGICOS.

  3. Telma @ 16 Ago, 2008 : 22:31
    O Brasil é que tem a agradecer a vinda de seus pais e de todos os japoneses. Eles ajudaram esse país a crescer, elevaram o nível de escolaridade, desenvolveram a agricultura e de quebra introduziu alimentos saudáveis como o shoyu e o missô. Compartilho com sua idéia de passarmos aos nossos descendentes, os valores, disciplina e respeitos trazidos por nossos ancentrais. É a maior herança que podemos deixar. Principalmente se tratando de um país jovem como o Brasil, cujo maior valor ainda é levar ventagem em tudo. Telma

  4. Paulo @ 19 Ago, 2008 : 14:20
    Em todos os povos e raças com certeza existem os bons com os seus defeitos e os ruins com os seus valores, de todas as maneiras, acredito que deve haver uma reprocidade de ambos os lados: primeiro o brasil que recebeu um impulso importantíssimo em vários setores com a imigraçao japonesa e os japoneses que foram bem recebidos nesta terra maravilhosa criada por deus.

  5. Luiz Duptrat @ 28 Abr, 2010 : 13:46
    para verificação

  6. renato barreto @ 2 Jul, 2010 : 21:19
    queria saber meu nome !!!

  7. renato barreto @ 2 Jul, 2010 : 21:19
    queria saber meu nome !!!

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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil

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