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Tony Bunshiro Tokutake

Bastos / SP - Brasil
85 anos, Publicitário

DO CAMINHO DA ESPADA AO SAMURAI DA MENTE


DO CAMINHO DA ESPADA AO SAMURAI DA MENTE

Meu nome é Yushiro Tokutake, oriundo de uma província (estado) do Japão chamada Kagawa situada na ilha de Shikoku ao Sul do Arquipélago Japonês.

Os ancestrais da Família Tokutake no Japão são originários de Nagano, a Noroeste de Tóquio (capital japonesa), antes de se estabelecerem na província de Kagawa, na nova atividade, a agricultura.

O nome da minha família, Tokutake, escrito em ideograma (kanji) significa Samurai Virtuoso. O próprio nome revela que os meus antepassados foram Samurais. Conta a história, que após entrada das armas de fogo no Japão trazidas pelos ocidentais ao País, o trabalho dos Samurais que tinham seu poder e autoridade através da espada, perderam seu prestígio. Assim, os Samurais buscaram um novo trabalho nas mais variadas atividades: comércio, artes, ofícios, agricultura etc...

POR QUE DECIDI EMIGRAR PARA O BRASIL

Antigamente no Japão, o casamento não tinha um vínculo muito forte e quando eu era criança os meus pais se separaram. Posteriormente ambos tiveram novos cônjuges. Isso sempre me havia incomodado muito e sentia uma vontade muito grande de me libertar de tudo isso.

Quando completei 21 anos fiquei sabendo de um país continental, do outro lado do mundo, para onde muitos conterrâneos estavam emigrando. Era o Brasil, terra do café e das matas com árvores gigantescas. Na mesma hora decidi: É para lá que eu vou. Alguns amigos quiseram me amedrontar falando de perigosas onças, jacarés, cobras e doenças etc. Mas, dentre eles, alguns me incentivaram, lembrando que o meu próprio nome significava “Homem de Coragem” e até acabaram vindo junto para o Brasil, como o meu grande amigo Iida, companheiro desde o tempo das fuzarcas infantis.

A CHEGADA EM SANTOS

Após quase dois meses viajando, com paradas na Índia, Madagascar e na África, o navio chegou no Porto de Santos no dia 20 de agosto de 1924 e dei entrada na Hospedaria de Imigrantes em São Paulo no dia seguinte.

Da Hospedaria de Imigrantes, eu, juntamente com um grupo, fomos encaminhados para uma fazenda em Brodosqui, região de Ribeirão Preto onde trabalhei durante 3 anos. Depois, mudei-me para Paraguaçu Paulista, também em São Paulo, próximo ao norte do estado do Paraná

O DURO TRABALHO SOLITÁRIO E ENCONTRO DA ALMA GÊMEA

No novo trabalho, eu dava duro sozinho. Trabalhava no desmatamento, cuidava da lavoura, fazia minha própria comida e ainda lavava minhas roupas dentre outras coisas. Passar nem pensar. Isso de passar roupa era só para casamento ou festas.

Falando nisso, na propriedade vizinha morava uma família japonesa que tinha uma linda moça. Acontece que um amigo meu que se chamava Matsubara, muito “cara de pau” e bem intencionado, certa vez foi visitar o pai da moça linda (Fujiko que significa filha da flor fuji), realmente uma flor e começou a “fazer o meu cartaz” contando-lhe detalhes da minha vida diária, procurando convencê-lo sobre as minhas qualidades e virtude e sugerindo que a Srta. Fujiko me fosse apresentada, no que o Sr. Iinuma discordava. Nisso o meu amigão tomou uma atitude drástica: - Eu só saio daqui quando o senhor concordar com o encontro dos dois, disse ele. Não teve jeito. Para a minha felicidade, o pai da moça linda acabou concordando.

Passaram-se alguns meses e logo estávamos casando. O amigo Matsubara foi o padrinho. O vestido de noiva foi confeccionado pela Da. Amira, esposa do Sr. Charbel, o simpático e versátil “brimo” que tinha um bazar (loja de quase tudo) e ainda mexia com fotografia. Adivinhou: A foto desta união maravilhosa foi clicada por ele.

OS IMIGRANTES SOFRERAM TANTO AQUI COMO NA AMÉRICA

A propriedade onde estava a família do meu sogro e também eu, após o casamento, pertencia a um tio da minha mulher que vivia nos Estados Unidos, o Sr. Kimura, mas lamentavelmente parece que havia problemas de documentação e briga entre os herdeiros do proprietário anterior.

Nessa situação, certo dia, quando a plantação estavam no ponto de colheita, apareceu, bem de manhãzinha, um bando de capangas montados a cavalo, fazendo uma barulheira, armados de espingarda dando ordem de despejo imediato e fazendo ameaças. Vocês podem imaginar o que foi para nós essa “mudança” às pressas para não dizer fuga atarantada. Graças a Deus, ninguém levou um tiro!
É, os imigrantes sofreram mesmo. Isto não foi só no Brasil, pois o tio Kimura, que acabou perdendo as terras de Paraguaçu, teve também seus postos de gasolina que ele tinha na Califórnia seqüestrados, pelas autoridades americanas. Isto aconteceu bem antes da 2ª. Guerra Mundial. Mas não foi por causa dos postos de gasolina do tio que os conterrâneos atacaram Pearl Harbor. Essas coisas são muito complexas. Nem vou entrar nesse assunto agora.

A SUÍÇA TROPICAL E A UNIÃO DOS POVOS

Parece que os bons ventos do destino nos tiraram daquelas terras de desavença e nos levaram para a Fazenda Suíça na região de Marília no interior de São Paulo onde tivemos dois filhos. Aquilo era a Suíça no Brasil. Tudo muito organizado, um trabalho decente e remuneração digna. Fizemos amizades com imigrantes espanhóis e italianos. O espanhol Martins tornou-se nosso compadre, sendo padrinho do nosso primogênito e do segundo filho. As italianas, por sua vez, ensinaram as artes da culinária italiana e brasileira à Da. Fujiko. Parece que o empreendimento tinha ligações com uma Fábrica de Linhas e até com a Coroa Britânica.

A BUSCA DA INDEPENDÊNCIA

Anos depois, com uma boa economia, mudamo-nos para Bastos onde tivemos o crescimento da família e do cafezal e enfrentamos a famosa crise do café, que superamos com outras culturas. Os nossos camaradas, como eram chamados os trabalhadores agrícolas naquela época, não podiam ser denominados bóia-frias, pois eles comiam a mesma comida quentinha que a Da. Fujiko preparava com carinho e amor para a família. Na verdade, éramos uma grande família e o jantar era servido numa grande mesa, talvez mais comprida que as de ping-pong, feita artesanalmente por um dos camaradas, o maranhense França, um mestre em carpintaria colaborando com a agricultura. A comida era sempre elogiada por todos. Os camaradas não entendiam como a Da. Fujiko, japonesa, cozinhava tão bem o que eles queriam saborear: a macarronada com cubos de carne e molho de tomate; o feijão mulatinho (hoje não, se encontra mais) preparado na banha e alho amassado no pilãozinho; a carne assada e conservada na banha, etc.

(Complementação do texto iniciado ontem: 27/05/08)
(A historia de Yushiro Tokutake, imigrante japonês que adotou o Brasil como sua Pátria)

O CONTATO COM A VERDADE E A MUDANÇA PARA A CIDADE

Apesar da crise na economia nacional e mundial, foi nessa época, que tive a felicidade de conhecer a Filosofia do Novo Pensamento chamada Seicho-No-Ie e decidimos que o melhor para nossa família era morar na cidade e o meu ideal passou a ser a divulgação desta filosofia da Ciência Da Mente. Para realizar isso, troquei a enxada por duas malas cheias de novidades e com o Livro da Verdade junto ao coração fui ser o mascate (vendedor ambulante) das boas novas, visitando as famílias longe das cidades, vencendo grandes distâncias a pé, pois na maior parte não havia jardineiras (os atuais ônibus), nem trens, nem estradas, tendo acampado muitas vezes no meio das matas e até presenciado, em noite de luar, as queixadas (porco do mato), em grupo, brincando de lutar.

Depois de mostrar as novidades que eu levava naquelas malas e encerrados os negócios, eu sempre achava uma oportunidade para falar sobre o Homem que não é o corpo, mas sim o Filho de Deus, Perfeito. Falava sobre o Poder do Pensamento Positivo, ensinava a orar positivamente e a praticar meditação. Nestas andanças, ocorreram muitas curas, milagres e muitas vidas mudadas para melhor, pela descoberta do perdão através do agradecimento e foco no Ser “creado” à Imagem e Semelhança de Deus. Cumprida mais uma etapa da minha missão (de mascate e de divulgador), agradecia, me despedia, pendurava uma das malas no ombro, empunhava a outra, aprumava o peito e, ao dar as costas à família visitada, com o primeiro passo, eu começava a cantar uma canção que a gente aprendeu antes da viagem para o Brasil, que falava de coragem, trabalho e realizações. E, nessa sensação de estar cumprindo uma missão, atendendo às necessidades da freguesia, levando alegria, notícias e as Palavras de Deus, transpunha as distâncias, os atoleiros, os areiões ou os trechos de terra dura, gelada, molhada ou quente sem nenhum pesar, antes com satisfação e alegria pois esta era a abençoada Terra de Santa Cruz - que sempre me respondeu positivamente a tudo que tenho plantado.

OS SONHOS QUE SE TORNAM REALIDADE

As longas caminhadas eram os momentos de cantar, meditar, e visualizar as metas. Talvez, inspirado pelo “brimo” Charbel, aquele do bazar em Paraguaçu comecei a mentalizar que eu já tinha um bazar e pouco tempo depois isto se concretizou como uma loja na Estação Rodoviária de Tupã, na Alta Paulista.

O CAMINHO DE VOLTA AO LESTE

Lembram que lhes contei do meu amigo de infância o Iida? Assim como eu, também ele saboreou as lides da terra - atraentes como as refrescantes pitangas que abundavam na beirada das matas, outras vezes ácidas como o caraguatá (primo silvícola do abacaxi) mas com um sabor exótico e cativante. Outras vezes, a situação era como saborear a polpa do jatobá. Parecia tudo muito gostoso, mas aquela massa na boca ia grudando nos cantos e no céu da boca, como se ela quisesse secar tudo. As esperadas chuvas não vinham, e lá no quintal, o caquizeiro trazido da Terra Natal, desnudava-se de suas folhas no início do inverno e nos exibia escancaradamente aquelas lindas frutas alaranjadas, reluzentes, mas amarrentas. Esse ciclo de sabores e dissabores – do ganha/perde/ganha de novo, mais o incentivo das mães para tirar as crianças do mato e buscar uma vida com mais cultura , foi levando-nos para as cidades. Alguns permaneceram nas cidades do interior. Mas, algumas famílias mais corajosas começaram a viagem de retorno ao Leste, mas não tanto (até o Japão), do Oeste do estado, retornavam à Capital onde já tinham passado pela Hospedaria dos Imigrantes. O meu amigo Ida foi diferente. Ele foi para Santo André na grande São Paulo, onde prosperou e concretizou uma farmácia bem instalada.

Eu ainda pensava em ficar no interior, mas os filhos foram crescendo e como o interesse de todos estava voltado para a Capital do Estado, lugar de maiores recursos, boas escolas e maiores oportunidades de sucesso, mudamos para São Paulo onde participei da fundação da Seicho-No-Ie no País tendo trabalhado por algum tempo como funcionário colaborador desta entidade, mas a maior parte do tempo foi como Ministro Credenciado voluntário, tendo apresentado conferências em várias partes do Brasil.

A MISSÃO CUMPRIDA

A minha satisfação de Missão Cumprida, juntamente com a minha amada Fujiko, é a de ter criado onze filhos e implantado uma formação ecumênica e cristã, conciliando a ciência, a religião e a filosofia para ser praticada no dia a dia, como base para uma vida de Harmonia, Amor, Compreensão e também - “Ordem e Progresso”, como está declarada na Bandeira desta Pátria Amada que me adotou de braços abertos.

Quando ainda estava no Japão e contava aos meus amigos sobre a grande aventura de ir para o outro lado do mundo, eu costumava brincar, dizendo que a minha missão era povoar o grande território brasileiro – e não foi mentira, mas a minha verdadeira missão foi a divulgação da Filosofia do Novo Pensamento.

Para que ninguém duvide, aqui estão os nomes dos meus filhos: Satyro Tokutake, Niro Tokutake, Shiyozo Tokutake, Yassoiti Tokutake, Yuriko Tokutake Nagamine, Bunshiro Tokutake, Nobuyuki Tokutake, Francisca Tokutake Miyata, Koshitiro Tokutake, Teruo Tokutake e Ângelo Tokutake.
A CONVOCAÇÃO

Assim, da linhagem de Samurais (que na verdade significa Pacificador – e não guerreiro) das espadas, tornei-me o Samurai do Poder da Mente e convoco a todos para construirmos esta Grande Nação – não com o labor estabanado, mas sim com a lavoura atenta dos bons pensamentos, das boas palavras, das boas ações e das emoções positivas!

Não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente as minhas queridas netas Ana Helena e Mariana, filhas do blogueiro, por ter voltado à Casa do Pai, mas sei que elas são Filhas de Deus, Perfeitas e que Somos todos Unos em Deus.

Com muito Amor e na Grande Paz de Deus!
O Samurai(Pacificador) do Poder da Mente


Enviada em: 23/06/2008 | Última modificação: 23/06/2008
 

 

Comentários

  1. Shiyozo Tokutake @ 25 Jun, 2008 : 21:55
    Comovido e com grande alegria li a saga. Agradeço ao mano Tony Bunshiro pela feliz idéia de contar a vida de um pai intrépido e amável que foi o nosso. Nessa encarnação ele, realmente, foi um Samurai da Mente. Ele tinha o dom servir. Já no navio, a caminho do Brasil, ele transmitia o pouco de português que aprendera antes da viagem. Para amenizar a viagem, ensinava ginásticas nos convés do navio. Já no Brasil, um certo dia, ele foi à cidade fazer compras e ao entrar no WC de uma loja, encontrou um pedaço de jornal (naquela época ainda não se usavam o papel higiênico) que lhe chamou a atenção: era o anúncio de um livro que afirmava: "O homem é filho de Deus e é imortal". Foi um despertamento mental! Solicitou ao dono da loja para que fizesse o pedido do livro chamado "A Verdade da Vida". Após a leitura do livro, não conseguiu guardar os ensinamentos somente para sí: foi um dos pioneiros da divulgação da Filosofia do Mestre Massaharu Taniguchi no Brasil. Agradecemos aos nossos pais por tudo quanto nos foi legado. Não me refiro a bens materiais, pois ele abdicou suas heranças em favor dos parentes que ficaram no Japão. Ele nos transmitiu ensinamentos espirituais. Muito obrigado. Shiyozo Tokutake

  2. Vitor Tokutake @ 27 Dez, 2008 : 03:59
    Não sabia dessa história. Mas lendo e absorvendo as palavras escritas da história da vida do meu bisavô, fico feliz por saber que ele foi um homem grandioso. E sei que grande parte do que eu sou hoje em dia devo ao que ele pensou, sentiu e concretizou um dia. Fico feliz de verdade!

  3. Tony B.Tokutake @ 27 Dez, 2008 : 17:59
    Olá, Vitor, Com certeza, o Vovô Yushiro é Feliz por ter um neto como Você, cujo nome é o próprio Vitorioso! Ele sempre nos lembrava que nós não éramos o corpo, não éramos matéria e que éramos todos Unicidade. Lendo suas amorosas palavras, plenas de emoção, sentimos a Unidade da Vida fluindo e mostrando que a "idéia" do DNA não é apenas um assunto material. Mais do que isso, vemos que há um fluxo, uma corrente de idéias e ideais que permanecem, que continuam no presente que se estende no eterno.

  4. Mario Katsuhiko Kimura @ 7 Jul, 2009 : 23:37
    Caro Sr. Tony Bunshiro Tokutake, Parabéns por incorporar à alma do seu pai para fazer a brilhante narrativa da saga de mais um imigrante, herói, batalhador, mostrando-nos os caminhos percorridos com grande sofrimento, com tempero de aventureiro. Sou um Kimura mas creio não descender do Kimura (dono das terras). A minha mãe também foi seguidora da Seichio no Ie, inclusive as missas em sua homenagem, de data de falecimento (16.06.2002), foram realizadas na Matriz de Jabaquara (49 dias, um ano e tres anos) e de sete anos junto a sede de Curitiba PR. O legado deixado foi como de todos vocês (filhos), de ter também incutido a filosofia do Professor Massaharu Taniguti. Ao senhor, muita saúde, paz e felicidade.

  5. MARIA APARECIDA DOS SANTOS @ 18 Jul, 2009 : 10:54
    PARABÉNS, CORAGEM,DEDICAÇÃO, DETERMINAÇÃO, E O PRINCIPAL O AMOR, TUDO FEITO COM MUITO AMOR E MUITO AGRADECIMENTO, POR JÁ ESTAR CONCRETIZADO O QUE SE ALMEJA É MUITO MARAVILHOSO DE SE VER, MAIS UMA VEZ PARABÉS POR ESSA FAMILIA MARAVILHOSA. QUE A IMAGEM VERDADEIRA HARMONIA E PERFEIÇÃO ESTAJAM COM TODOS VOCES DAS GERAÇÕES PASSADAS E AS QUE ESTÃO POR VIR QUE ACOMPANHEM SEMPRE A TODOS. BEIJÃO A TODOS. MEU IMAIL É mariaaparecidadossantos@hotmail.com E REALMENTE UMA LINDA HISTORIA ATÉ EU QUE NÃO SOU DA FAMILIA FIQUEI ORGULHOSA DE SABER QUE NA MINHA PÁTRIA EXISTIU E EXISTE FILHOS DE DEUS PERFEITOS E ILUMINADOS ''GRANDES SUMURAIS!''

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