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Alexandre Uehara

São Paulo / São Paulo - Brasil
56 anos, Professor

A infância


Assim como muitos descendentes de imigrantes japoneses, eu a minha família também fomos marcados por essa experiência.
Os meus avós chegaram ao Brasil em 1927, inicialmente estiveram em São Paulo, posteriormente foram morar em Minas Gerais, um destino não comum para os japoneses. Passaram por outras cidades brasileiras antes de se fixarem na cidade de Santo André, em São Paulo.
No final da década de 1960, meus pais se estabeleceram em uma cidade vizinha, São Bernardo do Campo. O bairro era caracterizado pela presença da comunidade japonesa. Nessa localidade havia a presença de chácaras de batatas e hortaliças e granjas, muitas granjas. Era uma zona rural, afastada cerca de 45 minutos do centro comercial, caminho que também percorriamos, andando sob chuva e sol, para podermos chegar à escola.
Porque andar? Bem carro era um luxo, no máximo as famílias tinham caminhões para transportar os produtos e, convenhamos, não era veículo para se levar filhos à escola. Ônibus lá, bem até que tinha, mas era de hora em hora, quando não falhava. Diante dessas circuntâncias, o recurso mais pontual era caminhar mesmo.
Foi nessa localidade que cresci, morando inicialmente numa casa de pau-a-pique, a qual tinha um furo na parede por onde eu meus irmãos podíamos brincar e realizar fugas estratégias de nossos pais, para não sermos apanhanhados fazendo peripécias.
Também ali na chácara, trabalhando na lavoura desde pequeno, vi os anos passarem muito rápido. Meus pais tinham uma lavoura de hortaliças e lá, no cabo da enxada, vi muitas vezes o sol e a lua nascerem, obviamente cada uma a seu tempo.
Era também local de diversão, no meio da plantação de brócolis e couves, que durante muitos anos, foram mais altos que eu, brincavamos de esconde-esconde ou de labirinto. Brincadeiras divertidas e de graça. Na verdade, de graça em graça riamos a valer.


Enviada em: 05/06/2008 | Última modificação: 25/06/2008
 

 

Comentários

  1. nelsonsinzato@brturbo.com.br @ 24 Jun, 2008 : 19:06
    Omedetô! Alexandre-san. Pelo nome você deve ser descendente de Okinawa. Você conta que trabalhava desde antes do sol nascer até anoitecer na roça. E para estudar ia a pé para a escola. Antigamente era assim mesmo. A gente trabalhava duro na roça, mas sempre procurava estudar, para o futuro melhorar. Da mimha parte, na minha infância não pude prosseguir os estudos, pois a gente trabalhava num cafezal da família, na cidade de Dracena, SP, distante do centro urbano. Só retomei os estudos quando já adulto, trabalhando na roça e estudando à noite. Assim consegui passar no concurso do Banco do Brasil e minha família se orgulhava disso.

  2. Renato Yassuda @ 27 Jun, 2008 : 14:06
    Prezado UEHARA Alexandre-san; Li seu relato atraído pelo fato que nossos ancestrais vieram da mesma província (Kagoshima-ken) e me diverti com seu relato que nos remete as boas lembranças da infância, o que foi complementado com este comentário do sr. Nelson Shinzato. Obrigado por compartilhar esta boa narrativa de fatos conosco. Se puder, leia meu relato neste site. Ficarei grato. Saúde e Paz. Atenciosamente; Renato Yassuda

  3. nelsonsinzato@brturbo.com.br @ 2 Jul, 2008 : 18:07
    Alexandre-san, desculpe-me pelo equívoco que cometi a respeito da província de origem da sua família. Quando conheci esse site desconhecia que no ítem "perfil completo" existe informação a respeito. O que me induziu ao engano foi o fato de ter conhecido outra família UEHARA, por sinal, grandes bancários do Banco do Brasil e do antigo Banespa,que são descendentes de Okinawa. O fato é interessante pois são duas famílias com o mesmo nome, porém oriundas de províncias diferentes, sendo que eram raras as migrações internas envolvendo a Ilha de Okinawa.

  4. Tania @ 20 Ago, 2008 : 09:46
    Prezado, Alexandre Ao ler a sua infancia me deu saudades da minha, que é bem semelhante. Brincadeiras nos canteiros de verduras, esconde-esconde no milharal, quantas vezes me afoguei nas valetas catando os girinos. Eu tambem caminhava quilometros e quilometros para ir a escola, mas tudo era divertido nesse trajeto e a felicidade de poder estudar. Abracos a sua familia (se eu não me engano conheci a sua esposa no Japão)

  5. Para Tania @ 27 Ago, 2008 : 11:48
    Ola, obrigado pelos seus comentários. Eu me lembro do seu nome e minha esposa também. Obrigado pelo contato. Felicidades

  6. Viviane @ 29 Jul, 2010 : 16:14
    Oi Alexandre tenho 19 anos,minha mãe também conta histórias da infância dela como as suas, como sou yonsei gostaria muito de saber minhas origens,eu e meus irmãos ficamos encantados com nossos antepassados. adorei o post vou ficar ligada nos textos que estão por vir!!!

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