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Nádia Sayuri Kaku

São Paulo / SP - Brasil
37 anos, Estudante

Japão ao vivo, a cores e com sons


Com apenas um ano de nihongakkou nas costas e 20 anos de idade nas costas, conheci o arquipélago há um ano atrás. Fui fazer arubaito em Chiba, numa pequena cidade que ninguém conhece chamada Omigawa. As lembranças da fábrica são as que menos ficam. Mas aquela força inexplicável que o Japão exerce nas pessoas acho que nunca vou perder.

Logo que você sai do aeroporto de Narita, já dá para estranhar a mão contrária de direção. E as portas que abrem todas para fora. Tudo ao contrário, ou em extremos.

Nas ruas, modelos esportivos enormes dividem a rua com carros compactos, que apitam quando se está dando ré. As portas dos lugares também apitam, ou até falam. As máquinas de bebidas nas esquinas também fazem barulho ou conversam com você.

Os transportes (trens, ônibus) são rigorosamente pontuais. Se o ônibus chegar antes do horário, espera parado no outro lado da rua antes de passar na frente do ponto. Você recebe nota fiscal em tudo o que compra, e o imposto transforma a lojinha de hyaku en (cem ienes) em hyaku go en (105 ienes).

Os semáforos de cidades apitam quando estão abertos. Os de Kyoto, tocam uma música meio triste. É para alertar os deficientes visuais.

Em Omigawa, às vezes, parecia que começava a escurecer às 4 da tarde. A luz era diferente, você percebe muito nas fotos. O cheiro também muda. Mas não sei explicar como.

No apaato que eu morei, não havia quase móveis. O chão é serventia da casa, mas para mantê-lo limpo é preciso deixar o sapato no genkan. Cadeiras fazem falta a partir do momento em que você não alcança a última prateleira da armário de sua sala-cozinha. Mas o aquecedor de água, é claro, também faz barulho.

Os combinis são uma facilidade que você se acostuma fácil. Nada melhor do que pegar a bicicleta de madrugada e não ter medo de ir comprar um bentô na esquina. Se bem que é difícil entender o que o vendedor diz.

O Japão encanta por várias maneiras. Seja o trânsito que funciona, as bebidas de máquinas, ou os chocolates que não enjoam. Educação é a regra maior. E a segurança e a organização estão sempre presentes em todos os lugares.


Enviada em: 17/10/2007 | Última modificação: 29/02/2008
 
« Japonesa (um pouco) falsificada Nomes de “japonês” »

 

Comentários

  1. Luiz Fukushiro @ 17 Out, 2007 : 18:02
    eu conheci diversas harumis. duas delas eram harumi tanaka. e não eram parentes.

  2. Johnny @ 17 Out, 2007 : 18:11
    Eu também conheci algumas Harumis...mas eu não sabia que era proibido antigamente registrar só com nome japonês....mas Mayumi francês, hilário..shuuahsuhausha

  3. Sílvio Sano @ 27 Dez, 2007 : 18:11
    O seu texto sobre os nomes mais comuns adotados pela comunidade nikkei no Brasil, remeteu-me a alguns casos curiosos tb para a escolha dos nomes japoneses, influência da cultura ancestral. Um deles é pela ordem de nascimento, como Kazuo (1º homem), Jiro (2º homem), Mitsuo (3º homem) ou Kazushi (4ª paz, por coincidência, meu nome, mas que devido aos caracteres japoneses que o compõe, leva a esse significado - e, na verdade, sou o 4º homem dentre sete, homens e mulheres). Mas o do meu "nissan" (irmão mais velho) é tb interessante: Jorge Tsuneharu. O nome japonês dele tem também outra leitura, naquela língua: Jooji. Ou seja, Jorge "Jooji". Para mim, não foi sem querer que o meu pai, assim, o nominou.

  4. Karen @ 8 Jan, 2008 : 13:08
    Oi Nádia, gostei muito do seu perfil. Achei muito interessante a história das cartas - no dia que você conseguir lê-las, acho que irá ter descobertas muito bacanas. E espero que conte pra gente!

  5. Renzo Morishi-ta @ 14 Jan, 2008 : 08:20
    Belo relato o seu em "Japão ao vivo, a cores e com sons". Muito bem redigido!

  6. Renzo Morishi-ta @ 14 Jan, 2008 : 08:24
    A história que você contou em "Nomes de “japonês”" eu não conhecia. Que abuso de poder, de violência, de arbitrariedades contra os direitos de uma família poder escolher os nomes de seus filhos. O que os japoneses não tiveram que passar!

  7. Norika @ 19 Jan, 2008 : 22:16
    Olá Nadia.Gostei muito dos seus textos.Gostei da procura das nossas raízes.Vou acrescentar mais uma curiosodade sobre nomes japoneses.Na minha época (pós guerra)e talvez só na minha cidade (Pompéia),quando se registravam meninas, os nomes deveriam terminar com a vogal a (fem).Daí o meu nome Norika, minha irmã Kazuka e assim por diante.Mais um absurdo que o Renzo não conhecia.Absurdos que nossos pais tiveram que engolir. Abraços.

  8. Karen @ 24 Jan, 2008 : 11:13
    Oi Nádia, "Haru ga kita" também é uma música que eu ouvia muito quando criança. Aliás, até hoje lembro de muitas músicas, como "Furusato"... acabaram virando parte das lembranças da minha infância! Algum dia vou fazer uma lista dessas músicas. Continue nos contando suas histórias, eu me identifiquei com vários trechos!

  9. maytane @ 26 Jan, 2008 : 02:11
    olá, meu sobrenome tambem é kaku. tenho 18 anos e atualmente moro em santa catarina gostaria de saber mais sobre nossos antepassados se quiser me add no MSN hoshii_m@hotmail.com

  10. Karen @ 28 Abr, 2008 : 17:27
    Oi Nádia, Gostei muito das suas fotos do Japão - adorei a foto do "tadaima", com um monte de sapato amontoado na entrada. Aliás, acho que quem vai para o Japão deveria evitar ao máximo sapatos com cadarço. Eu perdia um tempão amarrando e desamarrando os sapatos na hora de entrar ou sair de casas e prédios!

  11. Bruno @ 11 Abr, 2009 : 14:40
    Olá pessoal, apesar de eu não ter nenhuma descendência japonesa, eu acho muito legal essa interação entre brasileiros e japoneses. Adoro o japão, sua cultura, musica, e etc. Vocês descendentes devem ter muito orgulho disso. obrigado a por lerem. Fiquem com Deus, tchau :).

  12. Adriana @ 23 Jun, 2010 : 12:08
    Minha sobo tb veio de Kumamoto. Obrigada pela música q é linda!!! :)

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