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Otávio Omati

São Paulo / SP - Brasil
51 anos, médico

Mudanças: nova profissão e a busca pelas raízes


Vida em equipe, aprender fazendo, uma melhor relação com o próximo e com a comunidade, vida ao ar livre; esses foram alguns aprendizados que tive no Grupo Escoteiro Caramuru e que carrego comigo até os dias de hoje.

Essa forte influência me levou a causar certo desconforto para meus pais, mas foi por um bom motivo.

Eu estava no terceiro ano da faculdade de engenharia, quando decidi largar tudo e fazer algo totalmente diferente e ir atrás de um sonho. Queria estudar medicina e me dedicar um pouco mais aos outros.

Felizmente deu tudo certo e alguns anos depois eu me tornava médico. Meu sonho estava realizado? Ainda não...

Meu pai faleceu algum tempo depois da minha formatura, quando eu já fazia residência em anestesiologia. Foi um choque para toda a família, mas ele havia nos ensinado muita coisa e seu legado continua vivo entre nós.

Homem trabalhador, ele vivia para a família. Estava sempre devorando livros, principalmente sobre samurais, quando não estava estudando outras línguas. Sua presença serena e tranqüila trazia equilíbrio para qualquer ambiente em que estivesse. Seguindo seu exemplo, espero chegar um dia a ser o grande homem que ele foi.

Em 2003, tive a oportunidade de visitar o Japão pela primeira vez. Estava em busca das minhas raízes. Foi com grande emoção que visitei o templo onde minha avó materna nascera e crescera.

Atrás do templo, outra surpresa: um cemitério onde jazem 27 gerações da família, uma linhagem de monges budistas. São aproximadamente 600 anos de história!! Um lugar sereno e de muita espiritualidade, onde encontrei minhas raízes, me senti em paz comigo mesmo.

No templo há um Buda esculpido em madeira, que, segundo dizem, foi o único objeto a se salvar depois que o templo se incendiou no século passado. Buda da sorte. Então vamos lá passar a mão na cabeça do Buda...


Enviada em: 14/11/2007 | Última modificação: 14/11/2007
 
« Trabalho sem fronteiras, como médico O diário do meu avô e o começo de tudo »

 

Comentários

  1. Elke @ 15 Nov, 2007 : 15:46
    Adorei Tavinho! Os relatos do seu avô são um tesouro,... assim como essa deliciosa mistura que é a nossa vida de gerações e gerações de imigrantes. Vou querer uma ajuda para montar o roteiro da minha viagem ao Japão, heim?! bjos

  2. Ivi Paula @ 26 Nov, 2007 : 17:14
    Olá Otávio!! Muito bonito e comovente seu relato, parabéns pela nobre profissão que escolheu!!! Beijos!

  3. Sichão @ 26 Fev, 2008 : 00:46
    Tavinho!!! Quanto tempo!!! Lembra de mim? Tava lendo meus e-mails e recebi um da editora abril pra entrar nesse site! (não sei como eles sabiam q sou descendente) e comecei a ver fotos e histórias e nessa encontrei vc! Nossa! Adorei sua história e suas fotos! Parabéns! Felicidades! bjs

  4. Tati @ 31 Mar, 2008 : 14:52
    Oi, gostei d sua historia... meu pai tbm nasceu em Bastos.. meus avôs quandu vieram foram tbm pra Bastos tentar a vida lah.... bjuss

  5. Elisa K. @ 10 Abr, 2008 : 02:05
    Prezado Otávio, fico feliz ao conhecer um ativista como vc, de uma organização tão importante qto a de Médicos Sem Fronteiras. Faço minhas contribuições anuais, modestamente, a essa organização tão importante e emergente. Me fez feliz ao constatar que ainda há médicos com estes ideais, em tempos como estes. Um abraço.

  6. Rita de Cássia Arruda @ 11 Abr, 2008 : 07:30
    Otávio: Você é um brasileiro nota mil. Se tivéssemos mais pessoas como você, por aqui, nosso país certamente seria muito melhor. Seu trabalho junto a ONG Médicos Sem Fronteiras é louvável. Tenho certeza que aquelas pessoas com quem você tomou café, jogou futebol e cujas vidas salvou jamais se esquecerão de você. O diário de seu avó é uma preciosidade. As demais histórias que você contou aqui, comoventes. Obrigada por dividir conosco suas memórias. Parabéns pelo exemplo de vida !!! Um abraço.

  7. Klissia Tiba @ 1 Jul, 2008 : 10:37
    Otávio, parabéns pelo trabalho. Muito bom mesmo, o mundo seria bem melhor se todas as pessoas, ou pelo menos metade delas, fossem como vc. Um abraço.

  8. Juliana Hayakawa @ 16 Ago, 2008 : 12:50
    Olá Otavio! Não pude deixar de relatar a minha admiração por sua história e pelo seu trabalho! Acredito que todos nós descendentes temos uma história emocionante de nossos antepassados. É uma pena que na maioria das famílias estes fatos foram se perdendo...Este diário é precioso! É admirável o seu trabalho neste mundo em que vivemos. A luta por todos e pela vida! Parabéns!

  9. luceliaviana06@hotmail @ 30 Out, 2008 : 22:16
    olà Otavio não miconhece sou de loge parabeis vc merece .não sei se vc conhece macapá eu estou a procura um tratameto para mielomeningocele pois não tei cura se você sube e alquama coisa made para mim.gotei muito da sua hetoria

  10. Edison Norio Iwama @ 26 Mai, 2009 : 03:29
    Oi Otavio Omati Também sou médico e trabalho em Londrina – Pr. Observei que sua mãe, a Sra Fusae IWAMA Omati, possui como sobrenome IWAMA, gostaria de saber qual é a relação com a minha família, mesmo que distante. norio@sercomtel.com.br

  11. Tatiana @ 30 Mai, 2009 : 12:16
    putz cara essa visita ao seu perfil determinou minha vida cara,Omedetou Gozaimasu

  12. Silvio Sano @ 1 Jun, 2009 : 09:27
    Prezado Otávio. Parabéns pela sensibilidade, percepção e, principalmente, humildade ao relatar-nos sua história a partir do inestimável diário do ojiichan, que o levou a buscar se encontrar. Sensibilidade está em sua releitura do diário do ojiichan; percepção, na troca de carreira e no voluntarismo humanitário (Médicos Sem Fronteiras); e, humildade, pela narrativa que, por certo o transformará num multiplicador daquele sentimento muito raro, hoje em dia, da solidariedade. Um grande abraço.

  13. Jorge Santos @ 23 Mar, 2010 : 10:04
    Não tenho qualquer origem japonesa, mas curiosamente meus melhores amigos de juventude e faculdade foram japoneses. Tenho uma afeição especial por esse povo que com certeza semearam em nossa cultura princípos sadios de honestidade, trabalho, lealdade e amor. Otávio, embora tardiamente eu tenha lido essa matéria, se você ainda estiver lendo as mensagens que com certeza continuam te enviando, quero lhe expressar a profunda gratidão e respeito que tenho por vocês japoneses. Não sou médico, sou engenheiro, mas seu belo exemplo tocou fundo em mim e espero que possa penetrar fundo no coração de todo aquele que persiste em demontrar tanto amor ao próximo, movendo-nos a imitá-lo seja qual for o rumo que tomamos na vida. Obrigado, e embora não o conheça, tomo a liberdade de acrescentá-lo no rol dos leais amigos japoneses que tenho.

  14. Takeshi Misumi @ 23 Mar, 2010 : 14:22
    Caro Otávio Omati, Que leitura agradável! Num estilo simples, voce consegue levar o leitor à reflexão profunda. Admiro o respeito que voce tem pelos seus ancestrais. “Seguindo seu exemplo, espero chegar um dia a ser o grande homem que ele foi”. Quanta sabedoria! Voce já é um grande homem. Primeiro por perseguir o seu ideal a qualquer custo. “... decidi largar tudo e fazer algo totalmente diferente e ir atrás de um sonho.” Segundo por ter conseguido realizar o seu sonho. As realizações na Ásia e na Africa dizem tudo. Por favor continue escrevendo mais neste site.

  15. Patrícia @ 6 Jun, 2010 : 07:21
    Parabéns pelo seu trabalho e pela sua história de vida. Por favor, continue escrevendo mais para este site. Um grande abraço.

  16. Michele @ 9 Jun, 2010 : 11:57
    Olá Dr. Otávio Omati, gostaria de parabenizá-lo por dividir sua história conosco. Foi muito interessante ver que você tem respeito pelos seus ancestrais que hoje, infelizmente, isso está se perdendo. Foi admirável quando você disse que que queria estudar medicina e se dedicar um pouco mais aos outros, isso mostra que você tem um sentimento de solidariedade que, atualmente, é muito raro. Por favor, seja solidário aos nossos pedidos e continue escrevendo neste site. Um abraço.

  17. Maria Paula @ 13 Jun, 2010 : 07:06
    Virei sua fã. Escreva mais neste site.

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