Reportagens › A vitória do Japão
DA REDAÇÃO
Quando as trombetas do falecido "Repórter Esso" e a voz de Heron Domingues anunciaram, em 22 de agosto de 1942, que o Brasil acabava de declarar guerra ao eixo Roma-Berlim-Tóquio, muitos exaltados resolveram combater à sombra, investindo contra italianos, alemães e japoneses que estão radicados no Brasil.
Em Campo Grande (MT), uma expedição punitiva reduziu a cinzas a Casa Nippon, do japonês Oshiro Tomé, o "inimigo" da cidade. No entanto, o esperto Oshiro, já em dezembro de 1941, logo depois do ataque japonês a Pearl Harbour, havia farejado a possibilidade de a guerra chegar a Corumbá e, com ela, a "batalha da Casa Nippon". Por isso, requerera e conseguira a incorporação de todos os seus bens ao Patrimônio brasileiro. E, terminada a guerra, exigiu uma completa indenização. Na semana passada, depois de 21 anos de batalha judiciária, o Tribunal Federal de Recursos sentenciou que Tomé deverá ser reembolsado pela Fazenda de Mato Grosso de todos os prejuízos sofridos. E vai receber os 4 000 contos de réis queimados em 1942, acrescidos de polpudos juros e correção monetária.
Os japoneses chegaram aqui há um século. Desde junho de 1908, muita coisa aconteceu. Ajude a resgatar essa memória.
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Este projeto tem a parceria da Associação para a Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil