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Uma exposição flutuante
Feira Japonêsa
DA REDAÇÃO
Depois que a Inglaterra e a Itália exibiram sua indústria em duas excelentes feiras no Ibirapuera, São Paulo, êste primeiro semestre de 1969 proporcionou ainda aos industriais e homens de negócios brasileiros uma mostra da tecnologia e da indústria japonêsa. Só que, em vez de montarem "stands" sôbre o cimento da terra firme, os japoneses trouxeram ao pôrto de Santos uma feira flutuante, organizada nos três conveses do transatlântico "Sakura Maru". Depois e atracar nos portos do Pacífico e nas Antilhas, essa exposição flutuante veio ao Atlântico vender chapas de aço coloridas e estampadas, lápis de côr, radares, telefones com vídeo, máquinas que fotografam no escuro por raios infravermelhos e máquinas que fotografam o interior do corpo humano, gravadores, navios, máquinas operatrizes, tecidos e um forno ultra-rápido para cozinhar e fritar alimentos à base de microondas, entre outros produtos.
O "Sakura Maru", com suas escadas rolantes, seus 380 "stands", salas reservadas e serviços de bar e café, abriu as portas da exposição flutuante para os visitantes na quarta-feira e saiu do cais ao fim da tarde do sábado. Cêrca de 20 000 convites foram distribuídos a industriais, empresários, representantes do Governo Federal e dos governos estaduais. O presidente da feira (cujo nome oficial é Exposição Flutuante da Indústria Japonêsa), Shigeru Sahashi, informou que até agora 80 000 pessoas já visitaram a Exposição e que 12 000 pedidos foram feitos às emprêsas expositoras nos diversos países latino-americanos onde o navio atracou. Outra informação de Sahashi: o Brasil é o País em que o Japão concentra os seus maiores investimentos, representados principalmente pela Usiminas e pelos estaleiros da Ishikawajima.
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