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22 Mar, 2008

corpo no freezer

Reprodução
Não falei? Vira e mexe tem brasileiro no noticiário policial aqui no Japão. Não queria transformar esse blog em algo especializado em crimes cometidos por dekasseguis, que na maioria dos casos são acidentes de trânsito (aqui é considerado crime e entra nas estatísticas policiais), mas esse último não tem como ignorar.

A polícia de Numazu, na província de Shizuoka, recebeu uma denúncia de que um brasileiro mantinha no freezer do apartamento o corpo de uma mulher. Giovani Mikio Claudino, 35, foi preso dia 20. Outro brasileiro, Irineu Arakaki Filho, 35, de Shimizu, também foi detido por ter ajudado a esconder o carro da vítima. Ele teria enviado o veículo para um desmanche na província de Gunma.

Segundo a polícia, Claudino está no Japão há 15 anos, vivia sozinho e, provavelmente, guardava o corpo da mulher, identificada como uma peruana de 45 anos, desde fevereiro. O freezer, onde estava o corpo da mulher media 80cm por 55cm. A vítima estava em posição fetal e não tinha marcas visíveis de ferimentos.

O caso me fez lembrar de outro recente, do neozelandês Stephen Royds, de 46 anos, preso por tráfico de drogas em Los Angeles, na Califórnia. Ele mantinha o corpo de uma mulher congelado com gelo seco, embrulhado num saco plástico, no quarto do hotel onde morava.

Segundo a mídia norte-americana, o traficante chegou a fazer uma cerimônia funerária para homenagear a namorada, que nunca chegou a ser procurada como desaparecida. A polícia acredita que ela tenha morrido de overdose e que o traficante tenha escondido o corpo para não ser descoberto.

Olha, não tenho medo de fantasmas (só um pouquinho), mas eu não conseguiria dormir com um defunto do meu lado (só quando morrer mesmo). Taí outro que gostaria muito de entrevistar. Daria uma ótima história. Quem sabe até viraria livro e, quiçá, filme. Afinal, tem de ser muito frio e, na melhor das hipóteses, com algum problema psicológico/mental para levar adiante tal loucura.

Postado por Ewerthon Tobace | 10 comentários

Comentários

  1. mailly nomura @ 22 Mar, 2008 : 08:51
    eu já vi um caso desse no CSA que passa na tv,bem estranhu esse casos eu também não teria coragem de dormir do lado de um presunto,eu já fico meio suspeita de dormi perto do quadro do meu bisovô imagina do lado do corpo dele

  2. ricardo y @ 22 Mar, 2008 : 11:14
    terrível. sem comentários.

  3. Claudia Yoscimoto @ 22 Mar, 2008 : 15:03
    Tem brasileiro por aqui que está ficando louco e cometendo crimes cada vez mais bizarros, igualzinho os japoneses. Argh! Não tenho nem mais o que falar...

  4. Alien D www.alientambempensa.blogspot.com @ 24 Mar, 2008 : 11:46
    Pois é meu amigo,a cada dia ouvimos mais e mais notícias horripilantes à respeito de nossos conterrâneos aqui no Japão. Certa vez estava em um local assitindo TV cercado de japoneses quando o noticiário informou que dois brasileiros haviam roubado a arma de um policial e estavam foragidos....Todos me olharam de uma forma que jamais vou me esquecer,e é exatamente nesses momentos que eu me sinto um verdadeiro Alien aqui no Japão. Visite meu Blog. Abraço.

  5. Kenji Arimura @ 25 Mar, 2008 : 12:50
    É isso que dá ficar confinado numa fábrica trabalhando como robô por 12 horas diárias. Não que eu venha fazer isso um dia, é claro!

  6. 留学生 @ 25 Mar, 2008 : 23:12
    Acho que trabalhar demais nao eh fator atenuante ou explicativo, nao. Como ja foi discutido em outro post, as pessoas trabalham alem de 8 horas diarias porque querem e sao pagas para isso, logo, na situacao hipotetica de que trabalhar demais seja tambem causa de crimes hediondos, o cidadao ainda seria imputavel de culpa por ter escolhido trabalhar mais do que devia e ter deteriorado sua saude mental, nao eh mesmo? No Brasil, toda vez que ocorre um crime barbaro que abala a opiniao publica nacional, ha sempre as boas almas que poe a culpa no sistema, por ter excluido os criminosos da vez, que, sem alternativa, cometem crimes. Ja no Japao, as boas almas culpam o sistema por oferecer trabalho demais e deteriorar a saude mental do individuo. Notem que eu usei o termo oferecer. Sim, o servico eh oferecido e aceita quem quer. Acho que deveriamos comecar a acreditar que existem pessoas que sao, de fato, sordidas, assim como, um dia, deixamos de acreditar que exista Papai Noel. Afinal, como o colega de cima lembrou ao dizer "Não que eu venha fazer isso um dia, é claro!", tambem existem pessoas, acredito que a maioria, que trabalham em fabricas e nunca virao a cometer crimes.

  7. Renato Siqueira @ 27 Mar, 2008 : 01:10
    Oi, Ewerthon. Tudo bem? Aqui é seu companheiro de blog. Eu estava pensando.... Você escreveu no texto que adoraria entrevistar esse cara... Aí me vem a pergunta... E porque não o entrevista? Existe alguma lei que impeça que jornalistas brasileiros cubram casos como esse no Japão? Eu estava pensando nisso outro dia. A mídia brasileira cobre esse tipo de caso? Ou geralmente, só traduzem o que já está escrito nos jornais japoneses? Eu sempre vejo falar dos meios de comunicação da comunidade brasileira no Japão, mas em geral as notícias são sempre sobre outras coisas. Não que falar de direitos do trabalho, escolas brasileiras e educação sejam menos importantes, mas quando rolam esses acontecimentos os meios de comunicação simplesmente traduzem o que anda nos jornais japoneses. Eu, sinceramente, acho que o que vendem jornais ou revistas é o conteúdo. Se em um momento como esse ele só se restringir a aceitar as coisas por um único ângulo, (traduzindo os jornais japoneses!) alguma coisa está errada, não? Tem uma lei que proíbe jornalistas brasileiros de fazerem entrevistas como essas? Ou é a falta de verba que impede? abs Renato

  8. 留学生 @ 27 Mar, 2008 : 13:36
    Na minha modesta opiniao, o que impede a cobertura por brasileiros eh a escassez de bilingues.

  9. Mário @ 30 Mar, 2008 : 02:02
    Caro Ewerthon! Os teus post estão cada vez mais interessantes, Parabéns. Quanto ao receio dos mortos, acredito que eu não as mais tenha. A explicação para tal fato, é bem simples, diariamente convivo com eles, apesar de não ser coveiro, mas sim, devido o local do meu trabalho estar localizado defronte a um cemitério. E através desta convivência tranquila e duradoura, posso afirmar categoricamente "não há nada a teme-los", mas quanto aos vivos... Sendo que, nos momentos em que os afazeres diários permitem, reencosto no beiral do vitrô e posso avistar aquela vasta e linda paisagem do campo santo (cemitério da Saudade). Nas nossas observações e divagações diárias, é recorrente entre os colegas de trabalho a afirmação que trabalhamos com os pés bem fincados no presente, mas com vistas atentos ao futuro... No tocante a entrevistar o conterrâneo Giovani, acredito que seria uma boa pedida, pois uma informação incompleta não interessa a ninguem, pois não exclaresse devidamente aos leitores, e pior ainda, poderá inclusive prejudica-lo por gerarem conjecturas e suposições, fato este , já vericado em alguns comentários.Portanto Ewerthon, acredito que os esforços devam ser evidados para que a matéria seja feita, e não será dificuldades bilingues e outras que hão de porvir, pois acredito firmemente na sua perseverança e capacidade de realização. Consequentemente seremos brindados com uma bela reportagem, ou mesmo um livro, oxalá um filme. Portanto, Gambaré! Abraços Amazônicos

  10. niury @ 3 Abr, 2008 : 02:34
    falta AMOR.....

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Perfil

Ewerthon Tobace, jornalista, 31 anos. Um dia, meu avô resolveu enfrentar o desconhecido. Chegou ao Brasil de mala e cuia, sem falar a língua. Agora, faço o caminho inverso e, a cada dia, descubro os fascínios da ‘terra do sol nascente’. Moro no Japão desde 2001 e trabalho na mídia étnica com foco na comunidade brasileira.
 



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