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Eles estão voltando »

 
2 Set, 2008

Ficar ou voltar, eis a questão – primeira parte

Fotos: Ewerthon Tobace

         Pode perguntar para qualquer brasileiro que está no Japão. A maioria (esmagadora, há que se dizer) tem a resposta na ponta da língua: quer voltar um dia, mas não sabe quando. Mesmo aqueles que compraram casa por aqui ainda acalentam o sonho de viver no Brasil após a aposentadoria.

         Mas nos últimos tempos, uma série de acontecimentos tem provocado uma profunda reflexão na comunidade. Desastres naturais (e anúncios apocalípticos da chegada iminente de um temido grande terremoto associado à explosão do Monte Fuji), Iene e Real valorizados, entrada de mão de obra barata da Ásia no mercado japonês, política migratória em discussão no governo, economia do país estagnada e outros tantos fatores têm gerado discussões. Afinal, será que ainda vale a pena ficar no Japão?

         Para uma grande maioria sim, pois mesmo em crise, o Japão ainda oferece mais facilidades do que o Brasil. Mas há quem pense o contrário e já começou a arrumar as malas para a volta definitiva. Vira e mexe tem conhecido de partida (com a promessa de não voltar mais). Outros tantos economizam o máximo para poder, finalmente, regressar ao país natal. “O Japão não é mais o mesmo”, é a frase comum que se ouve nas rodas de brasileiros.

 
Política migratória

De uns anos para cá, um dos fatores que mais tem assustado a comunidade brasileira é a discussão de projetos de lei de imigração. Políticos japoneses apresentam idéias malucas, as quais sempre prejudicam os imigrantes estrangeiros. O Japão tem hoje 2,15 milhões de estrangeiros, correspondentes a apenas 1,69% da população total. Com a baixa taxa de natalidade dos japoneses, estudiosos prevêem um déficit de mão de obra economicamente ativa no futuro. Para suprir isso, vão precisar abrir os portões aos estrangeiros.

Por conta disso tudo é que se tem discutido bastante a política de imigração. O país não pode mais ficar adiando a questão, pois estimativas governamentais projetam que, daqui a 50 anos, a população japonesa diminuirá em 40 milhões de habitantes.

Mas não se chega a um consenso, e os políticos ignoram a existência de uma comunidade estrangeira radicada no país. Taro Kono, ex-vice-ministro, sugeriu dois anos atrás que se acabasse com o visto de nikkei e se exigisse o conhecimento da língua japonesa para os trabalhadores estrangeiros. Numa atitude nada política, chegou a dizer que foi um erro ter trazido nikkeis do Brasil para o Japão. Há que se lembrar que foi o ministério dele que liberou a imigração, com base nos laços sangüíneos com os brasileiros.

Essa discussão volta à tona agora. Dois projetos elaborados por duas alas do Partido Liberal Democrata (Jimintou), que governa o país, circulam entre os políticos. Uma propõe o fim do visto especial para nikkeis (o que não é novidade, pois essa idéia já é pregada há tempos). Com isso, o trabalhador brasileiro só poderia ficar aqui por um período de três anos, sem a possibilidade de trazer família ou renovar a licença de estadia. É a regra imposta hoje aos asiáticos, que vêm como estagiários e são indiscriminadamente explorados. A única exceção será para aqueles que tiverem alguma especialização ou qualificação.

A outra proposta é mais branda, mas cheia de pontos obscuros. Quer liberar a entrada gradativa de estrangeiros num prazo de 50 anos, até a população não-nipônica chegar ao patamar dos 10% do total de moradores locais. Ele sugere a permanência a longo prazo dos estrangeiros no país, sob a condição de que aprendam a língua local e passem por cursos de capacitação. O problema vai ser convencer o brasileiro dessa obrigatoriedade que, claro, seria ótima para todos.

         No último dia 28, foi realizado na Universidade das Nações Unidas, em Tóquio, um simpósio sobre o assunto. Houve uma palestra do parlamentar Hidenao Nakagawa, que assina o programa migratório do PLD, e depois teve um debate com quatro estrangeiros (um coreano, uma chinesa e dois brasileiros, a universitária Flávia e o jornalista e sociólogo Angelo Ishi).

         A discussão é saudável, e ajuda a clarear as idéias. Mas acho que ainda falta mais. Os brasileiros deveriam se unir e gerar debates, mas de forma que o governo e as autoridades os ouçam. Afinal, a idéia que se tem, do jeito que as coisas estão caminhando, é que a visão do governo sobre os imigrantes é míope.

 

Legendas:

Foto1: Alternativa Brasil Live - Maior festa da comunidade que vive em Oizumi (Gunma). A cidade é famosa por abrigar a maior concentração de brasileiros em relação à população local. Mais de 10% dos que vivem na cidade são nossos conterrâneos. Será que a cidade para sem a presença deles?

Foto2: Daniela Sato trabalha em fábrica e faz bicos como recepcionista em feiras. Quer voltar ao Brasil, mas como a maioria, ainda nao sabe quando

Foto3: Banda Latitude, um dos vários grupos de talento da comunidade. A vinda dos dekasseguis ao Japão gerou oportunidades das mais variadas a todos. Será que o sonho vai ruir?

Postado por Ewerthon Tobace | 20 comentários

Comentários

  1. Juve @ 3 Set, 2008 : 10:01
    Ola Ewerthon, voltaste com tudo e com assuntos contundentes! Me desculpei com o Angelo, acho que foi mal não ter ido cobrir o simpósio na Universidade das Nações Unidas. Creio que o novo primeiro-ministro irá ser mais tolerável com os brasileiros pois, queiram eles ou não, já fazemos parte da paisagem local. Agora, quanto a explosão do Fuji-san..... que a notícia mais sensacionalista! Parece coisa de tablóide inglês!! Cruzes!!!

  2. Juve @ 3 Set, 2008 : 10:01
    Ola Ewerthon, voltaste com tudo e com assuntos contundentes! Me desculpei com o Angelo, acho que foi mal não ter ido cobrir o simpósio na Universidade das Nações Unidas. Creio que o novo primeiro-ministro irá ser mais tolerável com os brasileiros pois, queiram eles ou não, já fazemos parte da paisagem local. Agora, quanto a explosão do Fuji-san..... que a notícia mais sensacionalista! Parece coisa de tablóide inglês!! Cruzes!!!

  3. Cristina Kobayashi @ 3 Set, 2008 : 13:38
    Com todo respeito aos dekasseguis, - e eu sou descendente de japoneses que vive no Brasil - creio que a concessão de vistos que privilegia os nikkeis é injusta e antiliberal, ainda que legítima. O Estado japonês, na sua legitimidade, há todo o direito de rever suas equações econômicas e sociais que possam ir contra o cálculo de nossos interesses, seja afunilando o ingresso de novos imigrantes, seja aumentando a pena aos infratores. São medidas aparentemente xenófobas, mas nos coloquemos na condição do simples cidadão japonês. Sabemos como a criminalidade cometida por brasileiros já tenha ganhado projeção regional, e agora, nacional no Japão, sem citar o desprezo pelas regras sociais locais ou desinteresse pelo idioma que apenas comprova a peculiar filosofia, a da absolvição retroativa do "infrinjo as leis mas o Japão precisa de nós". Seria auspicioso que a concessão de vistos, de que os dekasseguis usufruem hoje, fosse extensível aos brasileiros de qualquer origem, desde que o cidadão possa comprovar sua qualificação profissional, com motivações específicas e concretas. Que o Japão seja severo nos vistos, mas aberto a todos, independentemente da origem. Deixemos a hipocrisia de lado. Obter um visto em base à origem nikkei, com qualificação ou motivação genérica (para enriquecer as agencias intermediárias) é um parâmetro justo perante outros imigrantes que residem no Japão? Me perdoe a ironia (não ao autor, claro), mas as reflexões nas quais os brasileiros estão imersas – entre ficar ou voltar à Pátria - parecem apoiar-se puramente em questões econômicas e isso me faz questionar se se deve à nossa herança ibérica: a vocação predatória de encher o bolso e cair fora. Com o dinheiro, e não com a cultura. Devemos compreender o que levou o governo à miopia, não acha?

  4. Bárbara @ 4 Set, 2008 : 00:44
    Oi Ewerthon, também estou aqui...deixei um comentário em seu e-mail. beijos.

  5. Antonio Fidalgo @ 4 Set, 2008 : 21:17
    Bom artigo Ewerthon. E a Daniela Sato vem provar que nem tudo é mau na imigração de brasileiros para o Japão. Também tem coisas bonitas e positivas.

  6. Bárbara C. N. @ 12 Set, 2008 : 20:22
    Assunto polêmico esse de voltar ou ficar, se o Japão é bom ou não. Como brasileira em uma terra estrangeira, com a qual tenho laços consaguíneos, posso dizer que Japão realmente não é como antes. Em questões econômicas para nikkeis (dekasseguis), a cada dia o país torna-se menos atrativo, isso já é evidente. E na questão social? Estive no Brasil nas comemorações do centenário, que foi um espetáculo. Me deparei com vários e estranhos sentimentos nos eventos em que estive presente. Tudo o que eu via me fazia sentir orgulho, emoção e ao mesmo tempo muita tristeza. Epa, tristeza?? Simmmm. Ao ver o povo brasileiro, descendente de japoneses ou não, vibrando pelo Japão, em disputadas arquibancadas do sambódromo,na passarela mais de 10.000 pessoas se apresentando em danças culturais japonesas que creio que levou anos para serem ensaiadas, o povo apaludino de pé...e o pessoal do Paraná (Londrina e Rolândia) nunca vi tanta gente reunida em um só evento, reverenciando o povo japonês, observando tudo isso pude ver o valor que nosso povo oferece aos japoneses e, aqui no Japão, o que ouvimos falar do centenário, em mídia japonesa ou mesmo entre os próprios nativos? Infelizmente nada. Por este motivo me veio uma tristeza infinita ao ver tanta alegria naqueles dias no Brasil. Será que somos realmente um povo que não devemos ter valor aqui nesta terra? Será que erramos repetidas vezes assim, que não temos ao menos reconhecimento ou gratidão? Será que nosso povo é visto como criminoso ou mal educado ou realmente será pura discriminação? Passei por uma terrível experiência logo no retorno ao Japão, semana atrás, que me fez tomar uma decisão e ver com outros olhos esta terra. Crianças do prédio onde moro me acusaram de ter passado com meu carro em cima de um caderno que estava na rua. Imaginem, na rua...Obviamente eu não vi nada e nem sabia que isso tinha acontecido. Vieram em minha porta acompanhado de um senhor que mora aqui também, com acusações em tons estéricos, pedindo que me desculpasse, mas ao menos eu sabia o que estava acontecendo. Não estava entendendo direito o que eles falavam, pois meu japonês não é dos melhores. O homem e as crianças insistiam em querer que eu me desculpasse, e depois de ter chegado a conclusão do eles falavam eu respondi: Não sei do que estão falando, eu não fiz nada e o que um caderno estava fazendo na rua?? O senhor que acompanhava as crianças me respondeu: eles estavam estudando na rua, você não poderia passar com carro no caderno deles.(Estudando na rua, imaginem) Continuei questionando e eles sempre insistindo em minha culpa... Claro não ia me desculpar por algo que ao menos eu vi e mesmo que eu tivesse visto e feito, lugar de caderno é na escola ou no dentro de casa em cima de uma mesa para as tarefas e a rua foi feita para carros passarem. Naquele dia fiquei muito irada pelo acontecido tentando entender o que movia este povo agir assim. Muitas coisas passaram por minha cabeça... Continuando...

  7. Bárbara C. N. @ 12 Set, 2008 : 20:23
    Para minha surpresa e decepção, depois de três dias ao acontecido, meu carro, que é novo, estava riscado e se não bastasse quando passei ao lado daquelas crianças todos riram da minha cara. Nossa não imagina meu sentimento naquele momento, totalmente indefesa, sem ação e não podendo fazer nada e aquelas risadas diziam: veja sua tonta, acusamos você e também riscamos seu carro e você não poderá fazer nada contra nós... Revoltada, fui até a prefeitura reclamar e pasmem, cada vez que eu falava do que tinha acontecido eles sempre desviavam a conversa achando um erro que os brasileiros cometiam, ofuscando o erro deles. O único direito que eu tinha ali naquele momento era ouvir defeitos de brasileiros... Eu não acreditava no que estava ouvindo. Resultado: além do japoneses aqui do prédio rirem de mim os funcionários públicos creio que deram boas gargalhadas de minha cara. E ainda o povo tem coragem de falar que japoneses não nos discriminam, ou pior, que tratam nosso povo brasileiro desta maneira porque somos mal educados, criminosos ou coisa pior. O que me diriam neste caso??? Será que não fazemos nada em benefício a este país? Será que apenas eles que nos cederam alguma oportunidade? Qual educação os pais japoneses de hoje aplicam a seus filhos? Pelo que posso ver o Japão de amanhã não demora muito para ser ser o Brasil de hoje... Este é um dos motivos que acho que voltar ao Brasil é a melhor solução. Pagamos impostos altíssimos de moradia, prefeitura, estradas, como qualquer japonês, respeitamos horários, não podemos ser alegres ou festeiros por causa da cultura rijida do país e quando vamos reclamar por nossos direitos apenas ouvimos mais defeitos nossos. Pode ser que as homenagens ao centenário no Brasil se direcionam ao povo antigo, ou mesmo apenas aos que foram e ficaram no Brasil.Com certeza merecem estas comemorações, mas o povo daqui não é como é pintado lá fora. Mas, não podemos generalizar todos os japoneses, afinal nem todos são assim... da mesma forma que nem todos os brasileiros são iguais e pagamos o pato pelos erros da minoria. Onde esta nosso direito? Pois a impressão que tenho que todos nós brasileiros somos vistos da mesma forma, fazendo coisas boas ou não, estando certo ou não, seremos sempre os errados... Naquele dia na prefeitura me sentí como uma furyo, expressão japonesa usada para pessoas mas, errados e fora de linha.

  8. Karina Almeida @ 13 Set, 2008 : 07:30
    eu acho que vale a pena ficar, desde que a gente não fique parado no tempo! se a gente aprender japonês (direito!), crescer profissionalmente e se integrar à sociedade local, por quê não? mas o problema que vejo é que muitas pessoas não crescem. passam 10 ou 20 anos no mesmo emprego, mesmo lugar, mesma rotina e, é claro, acabam cansando dessa vida. e quando resolvem voltar a morar no brasil, descobrem que lá já não se encaixam mais no mercado de trabalho. na minha opinião, esse é o perigo e é isso que eu não quero para mim! seja no brasil ou no japão, acho que o importante é a gente evoluir e se sentir feliz. ui, empolguei (^_^)v

  9. japa pobre @ 15 Set, 2008 : 00:55
    ruim no JP pior no BR

  10. Help me @ 16 Set, 2008 : 00:09
    Ola, td bem? Meu nome é Rogério e preciso de ajuda para trabalhar em alguma academia daí do japão. Sou casado com uma descendente de japoneses, faixa preta de jiu jitsu e tenho certeza q vc poderia me ajudar...por favor, serei muito grato. rogerio.charleaux@bol.com.br. Abraços..

  11. RMax @ 16 Set, 2008 : 11:54
    Bem, lendo as falas da Bárbara e da Cristina senti vontade de me pronunciar. Eu também acho que o Japão deve abrir-se para os estrangeiros de outras origens étnicas. O país só tem a ganhar com isso. No entanto, para que isso ocorra, não é necessário o fim do visto especial para descendentes e cônjuges de japoneses. Uma coisa não exclui a outra, como ocorre em alguns países da Europa. Fala-se muito do desinteress do nikkei pelo Japão e pela cultura japonesa. Já que falei de Europa, gostaria de citar as experiências da Alemanha. O país criou programas para repatriar alemães que foram capturados durante a Segunda Guerra Mundia. Esses "retornados" tiveram o mesmo problema de adaptação que os nikkeis têm no Japão. Eles podem ser "etnicamente" alemães (seja lá o que isso queira dizer) porém cresceram na Rússia e se tornaram russos com passaporte (ou visto) alemão; pessoas que tinham laços consanguíneos com a Alemanha mas que foram criados na Rússia. E, ainda assim, a Alemanha teve um projeto para esses retornados, coisa que o Japão não fez. Acerca do "respeito" pelo Japão citado pela Bárbara, eu entendo o ponto de vista dela. Porém, discordo em um ponto. Acho que é preciso ver ONDE existe essa "falta de interesse" pelo Brasil. Eu saí no Carnaval de Asakusa. E vi aqueles japoneses apaixonados pelo samba, interessados neste pedaço da cultura brasileira, querendo aprender e se tornar melhores... Conheço poucos brasileiros que se dedicam com o mesmo afinco à cultura japonesa. Estive percebendo que, nas cidades de alta concentração de brasileiros, a imagem do Brasil é muito ruim. Já em Tóquio, a imagem é outra, mais positiva. Logo, fico me questionando porque um japonês de Hamamatsu vê um Brasil e o japonês de Tóquio vê outro. Do mesmo modo, me pergunto, será que em cidades com alta concentração de nikkeis, a imagem do Japão é semelhante à relatada pela leitora? Enfim, ficam algumas questões...

  12. marcelo takahashi @ 17 Set, 2008 : 18:27
    Fui, ao Japão, morei la 2 anos e realmente percebi que eu sou brasileiro e não japones. Estamos adaptados com outro modo de vida no Brasil, e apesar dos problemas do Brasil acredito que as coisas vem melhorando, e é um bom momento pra retornar.

  13. Paulo (plurality) @ 27 Set, 2008 : 03:58
    Tudo o que eu pensei em comentar, a Karina e o Roberto falaram, e de uma forma melhor do que eu conseguiria. Ótima pauta! Abraços!

  14. 留学生 @ 5 Out, 2008 : 23:23
    Fiquei tanto tempo sem acessar o blog, mas mesmo assim parece que nao houve muita atualizacao. Acredito que posso compreender o sentimento da Barbara. Integracao e evolucao... Evolucao, sim. Integracao... depende do conceito de integracao de cada um. Para mim, apos quase 4 anos de Japao, integracao me parece tao facil de se atingir quanto o Nirvana. Ser um as do japones e ocupar um cargo elevado e estavel nao sao sinais nem garantias de integracao. Vide os depoimentos do Sr. Arudou Debito, um norte-americano que se naturalizou japones, comprou uma casa em Hokkaido, casou-se com uma japonesa, tem filhos com essa esposa e ja foi assunto aqui desse blog. Tenho um exemplo mais proximo: um amigo descendente de japoneses que veio cursar Mestrado no Japao bancado por uma grande empresa Japonesa, que iria contrata-lo quando concluido o Mestrado. Ja havia morado aqui quando crianca, falava, lia e escrevia em japones e, mesmo assim, nao se integrou. Para seus colegas de laboratorio, ele era apenas alguem de um pais pobre que ganhou uma chance de ouro aqui no Japao. Apesar de ele ter se graduado na Poli/USP, seu conhecimento era tido como irrelevante. Tanto nao se integrou que ele desencanou do cargo na empresa. Terminou o Mestrado e voltou para o Brasil. Quanto a concentracao de brasileiros determinando a opiniao publica a nosso respeito. Minha cidade nao tem brasileiros e a fama do Brasil e dos Brasileiros aqui nao sao das melhores.

  15. Karina Almeida @ 9 Out, 2008 : 01:24
    oi! você foi intimado para um meme! passa lá no meu japão para ver os detalhes, please: http://japao100.abril.com.br/blog_meujapao/2008/10/09/sonhos-meus-e-deles bjinhos (^_^)v

  16. http://hiirasshai.blogspot.com/ @ 12 Out, 2008 : 16:28
    Oi! Tb penso em ir para o Japão, mas não tenho descendência nenhuma, rsrs, estou tentando aprender Japonês autodidata, encontrei seu blog e pensei que talvez a gente possa trocar umas idéias sobre essa língua... Vou te linkar

  17. Carina @ 10 Dez, 2008 : 08:27
    Oi! Estou tentando entender melhor a politica migratoria japonesa.Sou uma estudante e preciso de materiais e artigos que falem desse tema.Por favor, caso alguem possa me ajudar,è so entrar em contato: rsjnt@hotmail.com

  18. Stefane @ 25 Jan, 2009 : 16:50
    Oii Me sinto no dever de não perder a oportundade de tirar minhas dúvidas com relação ao JP e acho q alguém aki poderia me ajudar(se não for muito encômodo). Logo logo pretendo viajar para o JP, mas será uma viajem quase q definitiva(se der td certo acredito q será) mas tenho mt medo do tal choq cultural q td mundo fala e principalmente das dúvidas q tenhu q por mais q tenha procurado ainda não encontrei suas respostas. Se alguém aki puder me ajudar é só add. Meu msn/e-mail é tefinha_lindinharj@hotmail.com BrigadinhaH pela atenção e perdãozinhuL pelo encômodo BjoksS*

  19. Margareth @ 6 Mar, 2009 : 21:00
    Eu acho que desde o começo da era dekassegui, o governo fez vista grossa em relação ao aprendizado da língua japonesa. Sempre tem um tsuyako para ajudar na tradução, então como agora o país encontra-se em crise, falta de empregos até para japoneses, querem que mudem a lei para só aqueles que sabem a língua, possam ficar no país. Nos anos 90, era tanta falta de mão-de-obra, uma disputa por estrangeiros acirrada, pagavam para aqueles que arranjassem conhecidos, amigos, parentes que quisessem vir. Por quê as empreiteiras não faziam questão que soubéssemos a língua japonesa, para que ficássemos dependentes deles. Se todos soubessem se virar, não existiriam os atravessadores. Eles ganham ou ganharam muito dinheiro em cima dos assalariados. Como seria bom, se todos tivessem que apresentar frequência de aula japonesa para continuar a trabalhar nas fábricas, eu mesma ficaria grata. Mas, invés disso, socaram os brasileiros de horas extras, 3 a 5 hs por dia, sem permissão p/ conversa mole. Quem não quisesse fazer hs-extras, era kubi na certa. Esse tratamento que tivemos, não é irônico, querer cobrar dos brasileiros agora? muito triste...

  20. MIRELLA FALCAO @ 12 Mar, 2009 : 14:05
    Olá, Ewerthon! Sou repórter de um jornal em Pernambuco e estou procurando (com uma certa urgência) pessoas que tenham família no estado ou que tenham nascido aqui e hoje estejam trabalhando no Japão. Será que você teria alguma indicação para mim? Por favor me envie os contatos para mirella@diariodepernambuco.com.br Grata pela atenção.

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Perfil

Ewerthon Tobace, jornalista, 31 anos. Um dia, meu avô resolveu enfrentar o desconhecido. Chegou ao Brasil de mala e cuia, sem falar a língua. Agora, faço o caminho inverso e, a cada dia, descubro os fascínios da ‘terra do sol nascente’. Moro no Japão desde 2001 e trabalho na mídia étnica com foco na comunidade brasileira.
 



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