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12 Fev, 2008

Dekassegui


Faz mais ou menos dois anos que fiz uma matéria sobre um cineasta que estava finalizando um curta-metragem sem fala sobre os dekasseguis. Lembro-me de ter ficado interessadíssimo em fazer a matéria -- afinal, mesmo num passado recente, era raro ter algo em vídeo sobre os dekasseguis -- e marquei uma entrevistinha básica com ele.

Roberto Maxwell é um geógrafo apaixonado pela sétima arte. Por isso mesmo ele fez o curso superior de cinema tão logo percebeu que a sala de aula seria insuficiente para ele explorar o máximo daquilo que ele achava interessante -- com uma imaginação fértil, achar coisas que lhe chamem a atenção é muito fáci.

O filme me tocou tão logo vi a primeira edição, ainda sem som. Aqui, postei a última versão. Queria dividir com vocês, leitores, esse trabalho que considero muito pertinente, principalmente porque consegue captar uma realidade a qual muitos preferem fechar os olhos.

Espero que gostem.

Ficha técnica

Nome: Dekassegui
Sinopse: Brasileiro? Japonês? Perdidos num mundo de sons estranhos, brasileiros descendentes de japoneses vivem perto de suas raízes e longe de suas casas.
Gênero: Ficção/Documentário
Duração: 09 min 41 seg
Suporte: mini-DV
Idiomas: português e japonês
Direção, roteiro, produção e edição: Roberto Maxwell
Direção de fotografia: Ryo Goto e Hiroya Tokumoto
Assistente de direção e arte final: Jessica Cahill
Vozes: Kanako Suzuiki, Rie Osaka, Ryotaro Sakamoto, Taeko Urushibata
Elenco: Marcos Takeda

 

 

Postado por Ewerthon Tobace | 9 comentários

Comentários

  1. Paulo @ 13 Fev, 2008 : 08:25
    Sou suspeito para comentar, pois sou fã de carteirinha do Roberto. Mas esse filme de deu um desespero que eu não sentia há tempos, muito, muito bom!

  2. ricardo y @ 13 Fev, 2008 : 14:13
    Incrível esse vídeo. Na verdade, da primeira vez não havia entendido muita coisa, mas agora acho que a ficha está caindo. Obrigado Ewerthon por nos lembrar deste filme, obrigado Roberto pelo presente. Roberto é, como ele próprio se definiu há poucos dias atrás, um "ser humano bacana e muito sexy". Para mim, é humildade dele...

  3. Raquel @ 14 Fev, 2008 : 13:22
    Fico me perguntando se os japoneses têm idéia desse dilema que os nikkei brasileiros vivem. Por que é uma coisa difícil de imaginar quando você não vive isso. Eu, que não sou descendente de japonês, nunca entendi direito porque os nikkei vivem essa divisão de identidade, uma vez que eu nunca ouvi dizer que os brasileiros descendentes de italianos, ou de alemães, têm o mesmo problema. Acho que o personagem do vídeo, que fala pouco mas causa um impacto forte, me esclareceu. Foi a própria família japonesa que criou essa separação entre eles, os japoneses, e nós, os brasileiros (gaijin). Talvez tenha sido a atitude mais natural. Como é que eles iam se identificar com alguém tão diferente fisica e culturalmente? Então ficou para as gerações seguintes a tarefa de compreender que no Brasil não importa se você tem olho puxado ou azul e nem de onde vieram seus antepassados. É tudo brasileiro. Como disse o protagonista, é tudo parte da mistura.

  4. Karina Almeida @ 14 Fev, 2008 : 13:57
    só agora parei para ver o vídeo. eu não tenho sangue nem cara de japonês, mas acho que entendo mais ou menos esse dilema porque tenho muitos amigos nikkeis (descendentes de japoneses). aliás, toda vez que vou apresentar um amigo nikkei para um amigo japonês eu vou logo avisando: ele/ela parece japonês mas é brasileiro! e a reação dos japoneses é sempre de espanto. eu acho que a cara não importa. conheço nikkei que não tem nada a ver com a cultura japonesa e conheço brasileiro criado aqui no japão que não tem nada a ver com o brasil. por isso acho péssima essa história do japão só considerar japonês quem é filho de japonês. estrangeiro que nasce e cresce aqui não é considerado japonês. fico pensando o que passa na cabeça dos brasileiros nascidos no japão, que nunca foram ao brasil, nem falam português. roberto, talvez você já tenha pensado nisso né, mas seria legal um vídeo com esse tema também (^_^). enfim, falei, falei e esqueci de elogiar: ótimo trabalho! parabéns!

  5. RMax @ 15 Fev, 2008 : 09:47
    OOOOOOOOOOOOOOO Ewerthon, mesmo tendo avisado antes, não esperava ler tanta coisa bacana. Não apenas os elogios, mas as reflexões acerca do vídeo. Acho que a idéia da Karina é fantástica. Vamos fazer? (Aliás, já ando pensando nisso há muito tempo, fazermos algo juntos, os três.) No mais, sobre a questão da identidade, mas por um outro ponto-de-vista, deve estar chegando por aí um vídeo novo. Esse vai explorar o que há de brasileiro nos descendentes que vivem aqui. Tenho certeza, Paulo, que vai ser algo bem pra cima!!!

  6. Marcio Miyagi @ 16 Fev, 2008 : 15:21
    Roberto, parabens pelo curta. Muito bacana mesmo. Eu me identifiquei totalmente com a situacao pela qual passa o personagem. Acho que a vida dos brasileiros nascidos aqui no Japao tambem eh um tema bem legal. Como trabalho numa loja de produtos brasileiros em Oizumi acabo sabendo de varias historias das familias de dekasseguis. Uma delas eh a de uma mae "gaijin" que mal fala japones com um filho que mal fala portugues e acabara de entrar numa faculdade japonesa. Ela tem muita vontade de voltar para o Brasil mas seu filho jah estah totalmente integrado ah sociedade japonesa. Creio que este eh um dilema que muitos passarao daqui pra frente. Roberto, parabens pela clareza com que vc enxerga o cotidiano dos dekesseguis e pela coerencia dos seus posts. Seu blog estah adicionado ah minha pasta Favoritos.

  7. Marcio Miyagi @ 16 Fev, 2008 : 15:26
    Desculpem mas o ultimo elogio eh para o Ewerthon e nao para o Roberto (nao q este nao mereca tb, rs)...

  8. Claudia Yoscimoto @ 20 Fev, 2008 : 14:41
    Olá! Eu de novo rs Eu vi o filme algum tempo atrás e tb endosso meus parabéns ao Roberto, pois ele conseguiu retratar com clareza o cotidiano da maioria dos dekasseguis. Já trabalhei em fábrica por um mês e meio e meu marido trabalha até hoje (e confesso que até o som do despertador dele é igual ao da personagem rs). Portanto, sabemos bem como é essa árdua rotina. Não é fácil para ninguém, pois se nós que viemos com família achamos dureza, imagine para o dekassegui que mora sozinho! Por isso, o primeiro sentimento que me despertou, ao assistir o filme, foi o de solidão, além da mesmice do dia-a-dia e da fugacidade do tempo. É bem isso mesmo. Parabéns pelo trabalho!

  9. 留学生 @ 28 Fev, 2008 : 03:45
    Eh, Roberto, voce tinha me falado desse video ha um tempo atras mas eu nao achei no youtube. Do ponto de vista de um telespectador, o video eh muito bom. Acho que deveria ser exibido em rede nacional no Brasil. Acho que voce deveria, sem demagogia, enviar para a Secretaria da Igualdade Racial do Governo Federal, pois, la, eles so dividem o Brasil em negro e branco e so tratam do problema da integracao do negro. Acredito que este video eh forte o suficiente para abrir "os olhos" do governo federal para a questao da diversidade racial do Brasil (nao apenas a dicotomia branco-negro) que, para mim, eh um grande problema brasileiro. Ah, tambem concordo com tudo o que a Raquel disse.

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Perfil

Ewerthon Tobace, jornalista, 31 anos. Um dia, meu avô resolveu enfrentar o desconhecido. Chegou ao Brasil de mala e cuia, sem falar a língua. Agora, faço o caminho inverso e, a cada dia, descubro os fascínios da ‘terra do sol nascente’. Moro no Japão desde 2001 e trabalho na mídia étnica com foco na comunidade brasileira.
 



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