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11 Jan, 2008

Mais uma mudança

Divulgação

Antes de começar o post, quero desejar um feliz 2008 para todos os leitores e pedir desculpas pelo sumiço. Motivo: fiquei sem internet por duas semanas. Junte isso a uma mudança de casa e a bagunça está completa.

Não é a primeira vez que me mudo aqui no Japão. Nestes quase sete anos de arquipélago, já me mudei uma par de vezes. No começo era fácil porque não tinha muita coisa para mover. Mas depois de um tempo, você acaba acumulando muitos bens materiais (leia-se tranqueiras).

Lembro-me de quando transferi meu badulaques de Nagóia, na província de Aichi, para Tóquio. Contratei uma empresa de mudanças brasileira e no meio do caminho estava me arrependendo do negócio. Tive de arrumar caixas no supermercado mais próximo, empacotar e ainda carregar tudo no caminhão. O senhor que foi buscar as coisas já veio logo falando que estava com um problema nas costas. Mas não é reclamação não. Até que foi divertido. Bem, ainda peguei carona e fizemos a viagem num gostoso bate-papo.

Surpreso fiquei desta vez que me mudei. Como ficou tudo em cima da hora, tive de contratar uma empresa japonesa de mudanças. Eles trouxeram caixas, todas de apenas dois tamanhos para padronizar e facilitar na hora de colocar no caminhão de mudanças. No dia marcado, seis pessoas – incluindo duas mulheres – apareceram no apartamento e, muito rapidamente retiraram tudo e levaram para o outro local. Eficiência e rapidez, sem contar o preço razoável.

Mudar é uma coisa muito comum aqui na comunidade brasileira do Japão. O dekassegui vai aonde o emprego está. E essa mobilidade das famílias pelo arquipélago em função de melhores salários tem seus pontos negativos. O pior de todos, na minha opinião, é a questão da educação das crianças, que são obrigadas a mudar de escola várias vezes, o que acaba prejudicando o aprendizado.

Infelizmente, não há como impedir ou tentar estancar esse movimento nômade. O que os pais deveriam pensar melhor é nos planos. De que adiantar um salário maior se os gastos acabam aumentando na mesma proporção.

Postado por Ewerthon Tobace | 13 comentários

Comentários

  1. Karina Almeida @ 11 Jan, 2008 : 15:11
    da ultima vez que mudei, prometi que seria a ultima. mas um ano depois, olha eu aqui de casa nova de novo! morei numa pensao e num apto em toquio, num apto em chiba (praticamente toquio) e, agora, to em outro apto em gunma. e nesse meio tempo, eu passei um mes aqui mesmo em gunma, uns tres meses em shizuoka e outros quatro em aichi (sempre voltando para o apto de toquio). e olha que so mudei de emprego agora. so uma vez! mudar eh cansativo, mas por um lado eu gosto porque da ideia de vida nova ne! e aprendi, com tanta mudanca, a guardar menos tranqueira :P

  2. Afi @ 11 Jan, 2008 : 22:29
    Oi Karina e Ewerthon. Mudança é bom. O problema é que com o decorrer do tempo a inércia e o imobilismo vão tomando conta da gente. Também é verdade que as coisas que vamos juntando dão trabalho para transportar e arrumar de novo. Os budistas é que são sábios; não devemos ter posses, aí somos "livres".

  3. Paulo @ 12 Jan, 2008 : 12:58
    Poucas coisas me aborrecem tanto quanto mudar de apartamento. Mas, concordo com você, as empresas de mudanças japonesas deixam a gente de boca aberta. Abraços

  4. Afi @ 12 Jan, 2008 : 14:44
    (estudo económico!!!) Por aqui, em Portugal, esse tipo de empresas cobra entre 30 a 40 euros por hora.

  5. Valéria @ 13 Jan, 2008 : 00:00
    Realmente, na mudança a gente jura que não vai acumular mais nada, mas depois não tem jeito... Na minha 1a vez, saindo da casa da mamae, era só uma cama desmontada, colchao, roupa e uns 500 livros (que eu quase larguei pelo caminho). Depois do tanto de tranqueira (necessidade? prosperidade?) que acumulei após a 2a mudança, o negócio é acumular $ pra fazer a próxima com profissionais: sabe aqueles caras que vc entrega a chave e larga td lá, nas gavetas, e eles se viram pra entregar inteiras suas taças de cristal? Lembra desta? Mãe! O caminhao da Granero chegou!

  6. ricardo y @ 13 Jan, 2008 : 12:23
    Por causa do trabalho do meu pai (e da família grande) e porque não tínhamos casa própria, minha família sempre mudou bastante. Muda-se de casa, escola, amigos, paqueras, cidade e, por algumas vezes, até estado. Com tanta prática, a cabeça se acostuma e o resultado é um certo desapego, a conciência de que, de uma hora pra outra, as pessoas podem partir ou ficar pra trás, às vezes sem aviso prévio nem fundo musical. Aliás, viver-se em terra estrangeira tem sido uma boa forma de praticar.

  7. a japa @ 13 Jan, 2008 : 18:16
    everton por q so tem miss nikkey mestiça?nao pode ser japa?isso nao é preconceito?

  8. Adenildo Lima @ 15 Jan, 2008 : 01:38
    Ao amigo Sílvio Sam. O sol nascente/ Reflete a bela nação/ Brasil e japão: mesma gente. (Adenildo Lima)

  9. Claudia Yoscimoto @ 17 Jan, 2008 : 13:25
    Pois é, Ewerthon, o final do seu post me lembrou a última conversa que tivemos ao telefone, em que falávamos justamente sobre mudanças, né rsrs E eu concordo contigo em gênero, número e grau. Se os pais pensassem mais na educação dos filhos, veriam que não compensa mudar de cidade só por causa de alguns ienes a mais no final do mês. Mas, anyway, é por isso que optei em fixar pé num danchi, para que meu filho tenha verdadeiramente um lar e não seja prejudicado na escola, afinal, não demora muito e ele vai pro shougakoo, né. Bjs. Até!

  10. karina @ 18 Jan, 2008 : 18:33
    como foi dito na revista veja honesto no BR só se ferra.

  11. aline gondo @ 20 Jan, 2008 : 06:59
    Oi Ewerthon ,vim procurar e achei ....bacana seu blog....adorei!!!! ahh...adorei o negocio do Wii ,jah to atraz.....hehe... beijos

  12. Early @ 30 Mai, 2011 : 07:26
    You’re the one with the brnais here. I’m watching for your posts.

  13. qfuznfbb @ 2 Jun, 2011 : 03:30
    gxW6Y4 ivkgkbugnjfe

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Perfil

Ewerthon Tobace, jornalista, 31 anos. Um dia, meu avô resolveu enfrentar o desconhecido. Chegou ao Brasil de mala e cuia, sem falar a língua. Agora, faço o caminho inverso e, a cada dia, descubro os fascínios da ‘terra do sol nascente’. Moro no Japão desde 2001 e trabalho na mídia étnica com foco na comunidade brasileira.
 



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