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Márcio Keiti Hiramoto

Campo Grande / Mato Grosso do Sul - Brasil
53 anos, Administrador

Pai e Mãe


Taí um tópico que queria colocar desde o início, como homenagem às duas pessoas mais valiosas de minha vida... tantas coisas para contar para organizar em algumas linhas. Parecia fácil, na teoria...
Começando com um clichê: sem eles eu não estaria aqui, né? E o que sou hoje sempre teve a influência deles, direta ou indiretamente. Tenho defeitos como qualquer um, mas tudo o que pode se considerar como boa qualidade, é certamente por causa deles.
Não tínhamos tudo o que queríamos, mas nunca nos faltou nada do que precisávamos. Com certeza, tivemos muito mais do que mereciámos, principalmente até nos tornarmos adultos.
Meu pai trabalhava muito. Na granja, muitas vezes não tinha horário. Como encarregado de manutenção, por muitas vezes teve que sair de madrugada, debaixo de chuva, para resolver problemas de falta de energia elétrica ou quebra de alguma máquina que não podia parar. É uma pessoa simples, sem preocupações com aparência, moda ou coisa do tipo e que adorava pescar. Honesto ao extremo, por muitas vezes foi ameaçado por pessoas que se aproveitavam da confiança no cargo que exerciam, pois sempre respeitou muito os donos da Ito. Mesmo com pouco estudo, falava de forma articulada e correta, isso sem dizer que sabia coisas que a vida lhe ensinou que a escola não nos passa precisamente. Acho que uma das decepções dele foi a de que eu odeio pescar... mas pelo menos no resto somos muito parecidos. Uma coisa que me falou várias vezes e não esqueço: "No trabalho, sempre trabalhe, não faça corpo mole, dê o máximo de si. Mesmo que seja para varrer o chão, faça direito e bem feito."
A minha mãe, a Dona Maria, essa me influenciou bastante! Afinal, ficava a maior parte do tempo com ela, até antes da adolescência. Já apanhei muito de chinelo dela, mas merecidamente. Ela conversava muito com a gente e sabia usar de psicologia quando necessário. Um dia, inclusive, fingiu que ia embora de casa para ver se parávamos de brigar. Ela sempre ameaçava, mas nunca saía. Daquela vez, saiu. E que susto nós tomamos. Éramos pequenos e choramos sem parar, até que ela voltou, minutos depois. É certo que as brigas continuaram, mas aquilo marcou. Fisicamente, dizem que pareço mais com ela. Ela me passou também algumas manias (boas). Eu e minhas irmãs temos um certo gosto por leitura e por desenho, que provavelmente foi influenciado pela minha mãe, que na juventude desenhava muito bem. Hoje até os meus sobrinhos tem um certo dom para desenho, sabem?
Uma coisa é certa: quando eu tiver os meus filhos, espero poder ser tão bom pai como eles foram comigo. Pelo menos, terei orgulho de falar dos avós.


Enviada em: 02/04/2008 | Última modificação: 02/04/2008
 
« Granja Ito de Hortolândia Uma Pessoa Especial »

 

Comentários

  1. Lúcia @ 12 Abr, 2008 : 14:47
    Muito bonita a homenagem aos seus pais, Márcio. Com certeza, teve uma infância muito feliz. Parabéns.

  2. Márcio Keiti @ 15 Abr, 2008 : 13:28
    Muito obrigado, Lúcia. Sim, graças à Deus tive uma infância feliz. Saudade de uma época gostosa, sem maldades, sem dvd, pc ou video-game. Era esconde-esconde, pular corda, polícia-e-ladrão, andar de bicicleta sem perigo de ser atropelado e com espaço de sobra, e imitar o ultra-seven e ultra-man...rsrs. E se aprontássemos, lá vinha a mamãe com a bronca...vida boa...

  3. Mary @ 25 Jan, 2009 : 11:56
    Saudades do primo também... e da época da granja! Gostaria que nossos filhos pudessem ter ao menos metade da infância que tivemos... Abraços, "Ni"!

  4. Mary @ 25 Jan, 2009 : 12:02
    Sobre nossos pais... não me lembro do episódio da mamãe "ir embora", mas lembro que sonhava frequentemente com isso e acordava chorando... Qto ao papai, não se preocupe, eu te substituí na pesca, pelo menos qdo criança! rs Também os amo muito!

  5. Márcio Keiti @ 25 Jan, 2009 : 12:32
    Mary, você não lembra porque simplesmente não era nascida ainda...rs Um abraço!

  6. mario katsuhiko kimura @ 1 Mar, 2009 : 18:45
    Parabens por resgatar a historia de seus ascendentes para homenageá-los. Bonito também homenagear seu primo Keiji. Sempre digo que a comunicação escrita retrata o perfil do protagonista, seus relatos mostram que você é uma pessoa de alma limpa, bondosa, que possui valor para reconhecer os apoios recebidos para a sua formação. Continue sempre assim e tambem tenho a certeza que o seu primo estaria torcendo pelo seu sucesso, onde quer que esteja. Grande abraço.

  7. Márcio Keiti @ 2 Mar, 2009 : 07:38
    Assim como os meus pais, o meu primo foi muito importante na minha formação como pessoa. Amigo Mário, muito obrigado pelas gentis palavras. Com certeza, você também é uma pessoa abençoada por Deus. Um forte abraço.

  8. Márcio Keiti Hiramoto @ 7 Abr, 2010 : 14:02
    Boa noite! Meu nome é Flávia de Oliveira Carvalho só entrei no site para procurar um pessoa que fez parte da minha juventude! Morei em Carajas (PA) e entre os anos 80 e 90 conheci um rapaz chamado Jun Moto (não tenho certeza do sobrenome dele!!). Nós o chamavamos dessa maneira. Ele foi estagiário da CVRD (VAle do Rio Doce). Ele morava em Belem (PA). E a ultima notícia que tive dele é de que estava trabalhando como aviador. Em momentos vagos DJ's! Qualque notícia eu agradeceria muito a você. flaviacavalc@yahoo.com.br Busca: colônia japonesa de Belém no Pará

  9. Thais @ 25 Ago, 2010 : 12:20
    Olá! você conhece o Americo Tadashi Hiramoto?

  10. Márcio Keiti @ 26 Ago, 2010 : 03:40
    Olá, Thais, como vai? Infelizmente não conheço. Apesar do sobrenome, não é meu parente direto, creio.

  11. Thais @ 29 Ago, 2010 : 06:06
    Obrigado pela resposta.

  12. adriana @ 4 Out, 2010 : 14:02
    ola!eu gostei muito doque vc escreu,eu tambem passei aqui pq pensei que vc fosse a pessoa q to procurando ,ele tabem se chama marcio agora eu nao se eishichi ele foi muito importante na minha infancia,eu queria muito reencontra-lo

  13. Márcio Keiti @ 5 Out, 2010 : 00:44
    Muito obrigado, Adriana! Fico feliz que tenha lido um pouco da minha história. Esse meu xará que você procura seria de Campinas ou Hortolândia? Não conheço muitos, mas quem sabe, né? Um abraço!

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