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Mantendo as tradições

Quando eu era pequeno eu minha irmã gêmea, sempre que brincávamos, recebíamos logo o adjetivo de "japonês"...nós logo retrucávamos: "-Não sou japonês(a) eu sou mestiço!".
Certamente com o passar das gerações, cada vez mais percebemos o quanto nós, descendentes de japoneses, nos distanciamos deste termo, quer seja pela correria do dia-a-dia, quer seja pelo convívio multinacionalista ou mesmo multiregionalista que podemos compartilhar aqui no Brasil, porém eu em sentido inverso comecei a estreitar meus laços com a minha descêndencia nipônica, sempre fui apaixonado por espadas e filmes de lutas orientais foi então que durante o meu serviço militar tive meu primeiro contato com a arte de esgrima japonesa (kendo) e o iaido (arte de cortar coma espada), desde então tenho treinado todos os dias esta arte, que ao meu ver, expressa da melhor forma a base da maneira de pensar do japonês. Mas meus esforços em estreitar estes caminhos a muito esquecidos por seus descendentes ainda busco treinar outra arte marcial, como o aikido, e estudar a língua japonesa.
Me orgulho bastante de poder fazer parte desta história, de poder ajudar a manter as tradições de um povo forte e disciplinado e continuar mostrando que os hábitos e costumens ainda depois de 100 anos continuam vivos nas ações de nosso dia-a-dia.