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Miriam Hirata Karassawa

São Paulo / São Paulo - Brasil
68 anos, Psicóloga

Convivência com as situações de luto e perda de nosso pai


Hoje, depois de um ano após a morte de meu pai, estou retornando a escrever .
A maior parte de nós já nos defrontou com a morte de um parente ou amigo querido. Essa perda parece irreparável e temos a impressão de que o mundo vai desabar. Ficamos desnorteados e demoramos a reorganizar a vida.
O tempo foge ao relógio. Sei que pelo calendário que um ano se passou desde a perda, mas as lembranças são tão vivas que “parece que foi ontem”.
Choramos a perda... Procuramos uma nova maneira para não mergulhar nas profundezas da dor.
Inicialmente sentimos muita saudade dele, choramos; pois o chorar e procurar fizeram com que o mais provável que ele se foi, seja recuperado.
Mas à medida que o tempo foi passando tornaram menos freqüentes, só quando provocados por alguns estímulos que traziam a perda à mente. Encontrar uma fotografia... Filmes... Momentos era uma dor ansiosa; essas situações que traziam um desejo persistente e obstrutivo... Procurar por ele nos lugares... dava a sensação que naquele lugar ele estaria.
O contato também por meio de sonhos era particularmente viva e realista. Mas ao mesmo tempo tinha a sensação de que ele não existia mais, de que ele não estava mais por aqui. .. Embora a sensação de um sonho real, havia sempre um triste despertar.
Penso que a resposta deu a chave ao entendimento de toda essa fase que vivenciei do luto e me permiti encontrar um a imagem e um lugar em minha vida de um pai que tudo era motivo de comemorações, encontros familiares conjuntas, momentos especiais e de aspectos valorizados do relacionamento que guardei e quero perpetuar.
Ah!! E como não podia ser diferente, mesmo não estando presente; continua apoiando e colaborando com os filhos e netos.
Com o decorrer do tempo a intensidade da saudade e a dor e o prazer da lembrança são sentidos como uma mistura agridoce de emoções será nostalgia?


Enviada em: 08/07/2010 | Última modificação: 08/07/2010
 
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Comentários

  1. Ioshiko Mizusaki Imoto @ 20 Fev, 2008 : 07:30
    Miriam , fiquei feliz por conhecer um pouco mais da família Karazawa, pois convivemos com todos eles a partir do Sr Togi e Dona Ayako que sempre admiramos e respeitamos. A Loja Karazawa era uma referência na região , era onde encontrámos os melhores sapatos e melhores tecidos. Era uma felicidade quando minha se arrumava toda e dizia que ia fazer compra na loja e vinha com os pacotes embrulhados em papel cor-de-rosa e amarrados com barbante. A meninada toda a rodeava para ver abrir os pacotes e esperar para ver as surpresas de cada um.Era uma alegria. Interessante é que ela escolhia e nós adorávamos suas escolhas. Felizmente a minha mãe tinha muito bom gosto. Lembro-me também que diziam que o Yuki tinha a maior coleção de discos LP de Bernardes e eu achava isso o máximo! Da família Karazawa só temos lembranças boas, parabéns! Ioshiko

  2. emilia karazawa tachibana @ 20 Fev, 2008 : 19:56
    Miriam. Fiquei muito feliz de ver a história de meu tio Kimio colocada por voce nos relatos da imigracao. Aos 90 anos ele se dispor a escrever a história da família dele, relatando uma por uma a vida de seus irmaos. Lúcido e cheio de energia, com certeza, sua colocacao vale como uma homenagem.Parabéns!

  3. madalena shizuka aoki pirozzi @ 19 Abr, 2008 : 19:58
    Ois: Talvez vcs me conheçam, sou de Álvares Machado, ilha de Sussumu Pedro Aoki e Fuyuka Aoki.Meu pai iniciou as atividades da Cooperativa Agrícola de Cotia na cidade e trabalhou lá até se aposentar quando veio para a Capital. Eu me recordo da loja Karazawa. De fato era excelente a loja e era uma festa quando minha mae fazia compras. Sei que meu pai conheceu intimamente os irmãos Karazawa e era amigo.Um tio meu, Francisco Hirata,quando jovem trabalhou na loja. Um abraço a todos , Madalena

  4. Hermenegildo Barbato-Didio @ 2 Mai, 2008 : 22:18
    Poxa, quem nao se lembra das Casas Karazawa la em Alvares Machado. Tinha eu 12 anos de idade quando comecei a trabalhar na Brasmentol, como office-boy. Todo dia ia ao correio, pois as correspondencias na época eram apanhadas na caixa postal. Quantas vezes, passando em frente deste comercio, deparava com o patriarca Karazawa, ja bastante idoso, sempre com uma boina na cabeça, vez ou outra, parava uma criança que passava por ele e colocando a mao no bolso, tirava balas de hortela e oferecia para a garotada. Boas lembranças - Didio

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